Blog do Josias -
15/10/2012
Na temporada anual de greves Dilma Rousseff ministrou uma
lição aos servidores: quem acreditou piamente nas lideranças sindicais não pode
piar. Após paralisação de 69 dias, os agentes da Polícia Federal estão prestes
a retornar ao trabalho. Voltam de mãos vazias.
Dilma oferecera aos servidores reajuste salarial de 15,8%,
em três parcelas anuais. A grossa maioria das corporações deu-se por
vencida. A turma da PF optara por manter
sua greve. Dá agora meia-volta.
Por quê? “Na semana passada tivemos uma conversa muito boa
com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que prometeu reabrir as
negociações”, disse Marcos Wink, presidente da Fenapef, a federação que representa
a categoria.
Nesse contexto, o fim da greve seria um “gesto de boa
vontade.” E daí? Wink acha que, “com o encerramento da paralisação, o ambiente
para conversar fica melhor.” O diabo é que, ao dividir o reajuste de 15,8% em
três parcelas, a última prevista para 2015, Dilma deu a entender que não está
para conversa.
“Se percebermos que as negociações não estão avançando a
tendência é que voltemos à greve”, disse o sindicalista Wink. Será?