quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Deputados querem reestruturar carreiras do Hospital das Forças Armadas


Agência Câmara Notícias     -     20/12/2012




Deputados da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público se comprometeram a marcar reuniões com o relator da proposta orçamentária, senador Romero Jucá, e com integrantes do governo, para discutir a reestruturação das carreiras do Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília.

O pedido de reestruturação foi feito por servidores do hospital hoje em audiência pública promovida pelo colegiado. A demanda principal foi por uma emenda ao Orçamento de R$ 58 milhões. Ocorre que a análise do orçamento pela comissão mista está se encerrando.

O coordenador da Seção Sindical do HFA no Sindicato dos Servidores Públicos no DF (Sindsep-DF), Alessandro Coátio, reclamou que faltam médicos, especialistas e técnicos. Segundo ele, dos 292 leitos, apenas 77 funcionam e dos 20 de UTI, apenas 10 estão em condições de uso.

 Ele criticou ainda a diferença salarial entre um médico do HFA com jornada de 40 horas e outro da Secretaria de Saúde do Distrito Federal com mesma carga horária. O vencimento básico do primeiro é de R$ 4.409,18 e o do segundo, de R$ 7.778,60.

Falta de valorização

Representando o diretor do HFA, o coronel da reserva André Luiz Paschoal acrescentou que, em razão da atual desvalorização, ninguém quer trabalhar no hospital. “Temos mais de 2 mil servidores civis e 400 militares. O HFA apoia todas as reivindicações dos servidores. São justas”, disse.

Paschoal lembrou que o hospital adquiriu equipamentos de última geração, como tomógrafos e ressonância magnética, orçados em mais de R$ 5 milhões, mas que não possui técnicos em condições de operá-los. “Eles poderão tornar-se obsoletos. Teremos de mandar pacientes para fora, o que gerará um custo muito alto.”

Às reivindicações, o secretário de Relações de Trabalho no Serviço Público do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Sérgio Mendonça, respondeu que uma reestruturação desse porte não será resultado de uma mesa de negociações com servidores, mas de uma decisão de governo.


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