terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Vem greve por aí


Correio Braziliense      -     15/01/2013




O governo ainda terá que aparar várias arestas com professores e trabalhadores de instituições federais de ensino, e isso inclui preparar o bolso para arcar com reivindicações antigas. Em 14 de dezembro passado, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) já havia agendado, para os dias 23, 24 e 25 de abril deste ano, uma greve nacional para protestar contra a não aplicação do piso salarial em 2012. Mas, em 31 de dezembro, os representantes das duas categorias souberam que isso se repetiria em 2013. 


O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb, referência para atualização do piso) ficou aquém do esperado.

O presidente da CNTE, Roberto Leão, acusa a Secretaria do Tesouro Nacional de falta de pulso. “Em 2012, mesmo ciente dos efeitos da crise mundial, o Tesouro estimou o crescimento do Fundeb em 21,24%. No último dia do ano, porém, rebaixou o reajuste para 7,97%.” Além disso, as reuniões dos grupos de trabalho que tratariam da reestruturação das carreiras, previstas para começar em 2012, foram postergadas. O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) tentou, sem sucesso, conversar com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

“O encontro foi desmarcado diversas vezes por problemas na agenda do representante do MEC”, explica Marinalva Oliveira, presidente do Andes. A reunião está finalmente confirmada para hoje, às 15h. Logo em seguida, às 17h, Mercadante recebe representantes da Federação dos Trabalhadores em Instituições de Ensino Superior Públicas (Fasubra).

Muito a discutir


A Proifes-Federação — que foi a entidade de classe que aceitou o reajuste oferecido pelo governo no ano passado — é a única que participa de grupos de trabalho desde setembro passado. Na quinta-feira da última semana, o presidente Eduardo Rolim esteve com o ministro da Educação. “Muita coisa ainda tem de ser discutida, como o enquadramento de aposentados, a reestruturação do magistério superior e até a divisão dos royalties do petróleo. A minha expectativa é de que os pontos pendentes sejam resolvidos”, resumiu Rolim.



Share This

Pellentesque vitae lectus in mauris sollicitudin ornare sit amet eget ligula. Donec pharetra, arcu eu consectetur semper, est nulla sodales risus, vel efficitur orci justo quis tellus. Phasellus sit amet est pharetra