Djalma Oliveira
Jornal Extra
- 26/04/2013
A intervenção que a Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS) decretou no último dia 27 na Geap, operadora do plano de saúde da maioria
dos servidores federais, reacendeu a discussão a respeito da situação econômica
da entidade e das dificuldades enfrentadas pelos cerca de 590 mil usuários,
entre titulares e dependentes, para conseguir assistência médica. A
Confederação Nacional de Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef)
estima que a dívida da Geap seja superior a R$ 400 milhões. A ANS informou que
o valor do débito será apurado durante o regime de direção fiscal para
acompanhar a situação econômica da operadora, e que vai durar seis meses.
Os associados, por sua vez, reclamam da redução da rede
credenciada de médicos, hospitais e laboratórios, que justificam a falta de
atendimento aos clientes da Geap em virtude da demora no pagamento dos
procedimentos por parte da operadora.
— Quase não temos hospitais de qualidade. Eu moro na Tijuca
e tenho apenas uma opção perto da minha casa. Da última vez em que precisei de
atendimento de emergência, cheguei à casa de saúde por volta das 19h e saí à
meia-noite — contou o agente administrativo do Ministério da Fazenda Eduardo
dos Santos Asterito, de 51 anos.
Procurada, a Geap informou que está orientada a repassar
todas as perguntas à ANS.
Reclamações
Segundo a ANS, o índice de reclamações da Geap foi de 0,65
para 2,38, de setembro de 2011 a fevereiro de 2013. No período, a média em
empresas do mesmo porte foi de 0,51 para 0,84.
Evasão
Entre março de 2011 e o mesmo mês deste ano, o número de
servidores e dependentes associados à Geap caiu de 623.356 para 593.297, também
de acordo com a ANS.
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