domingo, 4 de agosto de 2013

Dnit : grevistas querem maior reconhecimento e valorização da carreira na entidade


BSPF     -     04/08/2013




Desde o dia 27 de junho os servidores públicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) estão em greve.

Segundo o analista de infraestrutura e coordenador-geral de custos, Luiz Heleno Albuquerque Filho. “Apesar de estarmos cumprindo a medida cautelar do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determinou que 50% da força de trabalho compareça diariamente, é natural que o período fique menos produtivo. Se já havia uma defasagem de pessoal para a demanda de serviço, com metade da força de trabalho só poderia piorar”, afirmou.

Reivindicações

A falta de pessoal é um dos pontos levantados pelos grevistas. “Nós trabalhamos com um chicote nas costas. O Dnit possui 2.500 servidores, apesar de o nosso organograma determinar pelo menos 5 mil”, afirmou Luiz Heleno.

Além da estruturação do departamento em termos de pessoal, os grevistas querem maior reconhecimento e valorização da carreira na entidade. “A pauta específica é a de enquadrar a nossa autarquia no nível de merecimento que ela representa, ou seja, 80% da cartela de investimentos do Ministério dos Transportes e responsável pela implementação de grande parte da infraestrutura do PAC”, explica.

Segundo o analista, por exemplo, quando os salários dos servidores do Dnit são comparados com agências reguladoras há uma discrepância de 40% nos valores. “Não conseguimos entender porque o Dnit é discriminado dessa maneira”, ressalta.

Acordo

Apesar das dificuldades de investimentos acarretadas pela greve, o acordo entre governo e Dnit parece estar longe de ser concretizado. De acordo com o Ministério do Planejamento (MPOG), que propôs aumento de 15,8%, com pagamentos em duas parcelas, para os servidores da autarquia. O mesmo índice foi recusado pela categoria em 2012, quando 97,5% dos demais servidores públicos federais aceitaram o aumento.

Luiz Heleno, no entanto, afirma que os grevistas não irão negociar esse percentual de aumento. “Hoje nós temos um impasse, pois desde 2009 o governo não cumpre as promessas e quer nos impor o aumento de 15,8%, que boa parte da Esplanada aceitou no ano passado. Porém, esse valor não dialoga com a nossa classe porque o que nós queremos não é apenas o aumento salarial, mas a colocação nas carreiras do DNIT entre as prioridades do governo. O MPOG está repetindo esse percentual como mantra e por isso a negociação não avança, pois não vamos aceitar, como não aceitamos no ano passado. O que queremos é negociar”, explica.

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Relações de Trabalho no Serviço Público do Ministério do Planejamento, no entanto, o valor ser pago em duas parcelas já representa remanejamento de recursos para o Dnit, pois o mesmo aumento será pago em três parcelas para os demais servidores públicos que aceitaram o acordo no ano passado.

 Ainda de acordo com a assessoria da Secretaria, o governo não pensa em dar nenhum teto diferenciado para os servidores neste ano, já que o acordo de 2012 foi fechado com quase a totalidade dos servidores e não poderia ser diferenciado para apenas uma categoria. A Pasta também ressaltou o fato das despesas públicas estarem em fase de contenção e não existir espaço orçamentário para um reajuste maior.



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