Agência Brasil
- 27/08/2013
Brasília – Os fiscais federais agropecuários distribuíram
hoje (27) 2 toneladas de frango em protesto a ocupação de cargos por indicação
política na Secretaria de Defesa Agropecuária e o corte no orçamento dos
recursos previstos para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa). Eles reivindicam a realização de concurso público e a criação de uma
escola de formação de fiscais. Pela manhã, os fiscais fizeram uma manifestação
em frente ao prédio.
Os protestos começaram no dia 16, quando os fiscais
suspenderam as atividades. Sem resposta às suas reivindicações, os
trabalhadores decidiram iniciar uma operação padrão que permanece, segundo o
delegado sindical do Sindicato dos Fiscais Federais Agropecuários do Distrito
Federal, Fernando Fagundes Fernandes.
“Estamos protestando contra as nomeações que estão
acontecendo aqui, no ministério. São nomeações de pessoas que não tem nada a
ver com a área, como advogado que vai comandar uma secretaria extremamente
técnica. A gente fica consternado, pois como um fiscalizado vai chefiar a
fiscalização? A gente não consegue entender qual é a lógica disso”, disse
Fernando.
Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Fiscais
Federais Agropecuários (Anffa Sindical), Wilson Roberto de Sá, 2.950 fiscais
atuam em todo país. Ele ressaltou que o número necessário deveria ser de 10 mil
pessoas. “O governo não pode prover isso tudo de uma única vez, mas pode
escalonar concursos anualmente para recompor os cargos”.
“Não se tem a realização de concurso público que estava
planejado, não tem como trabalhar nas áreas animal e vegetal, de
comercialização de estocagem, com um número pequeno de fiscais como temos
hoje”, acrescentou o sindicalista.
Sobre o corte de orçamento previsto para o ministério,
Wilson Sá acrescentou que, em julho, a área fim recebeu R$ 102 milhões do valor
previsto para 2013. “Neste mês [não foi repassado pelo governo] nada, até agora
não foi liberada nenhuma quantia para as atividades técnicas de manutenção e
fiscalização, não podemos conviver com este tipo de atitude”, ressaltou. Na
quinta-feira (29) e sexta-feira (30), os fiscais farão uma nova paralisação
nacional.
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