Agência Brasil
- 30/08/2013
Brasília – Os fiscais federais agropecuários encerrarão à
meia-noite de sábado (31) a paralisação geral que dura desde quinta-feira (29)
e retornarão à operação padrão iniciada pela categoria no último dia 16 de
agosto. De acordo com o presidente do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais
Agropecuários (Anffa Sindical), Wilson Roberto de Sá, somente os fiscais do
Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), e parte dos
funcionários do Paraná não aderiram à convocação para cruzar os braços por 48
horas. Segundo o sindicalista, a greve
da categoria tem 92% de adesão e está prevista uma nova paralisação geral na
próxima semana. Ele também promete mais protestos.
Os fiscais agropecuários reivindicam o fim do que consideram
indicações políticas para cargos no Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa). Eles são contrários à nomeação do advogado Rodrigo
Figueiredo para a secretaria de Defesa Agropecuária e do executivo Flávio
Braile Turquino, que era vinculado à empresa Big Frango, para a direção do
Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal. A nomeação de Turquino,
que ainda não tomou posse, foi publicada no Diário Oficial da União na última
sexta-feira (23).
Segundo Wilson Roberto de Sá, Figueiredo não teria o perfil
técnico necessário ao cargo e Turquino não poderia ocupar um posto de
fiscalização de empresas alimentícias por pertencer à iniciativa privada. De
acordo com ele, a categoria só vai se desmobilizar após o ministro da
Agricultura, Antônio Andrade, revogar as nomeações que acreditam ser
inadequadas.
Os fiscais agropecuários querem ainda o repasse de recursos
para suas atividades diárias, que não teria ocorrido em agosto.“Está faltando
combustível nos nossos carros no Rio de Janeiro”, diz Wilson de Sá. Outra
reivindicação é a ampliação do número de vagas em concurso para contratar 172
novos fiscais, cujo edital deve ser publicado em setembro. O presidente da
Anffa Sindicaldiz que, até o momento, o Mapa não acenou com a possibilidade de
se sentar à mesa para debater os assuntos.
A Agência Brasil entrou em contato com o Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento no início da noite. Segundo a assessoria
de comunicação da pasta, o ministério não se pronunciará por enquanto sobre a
operação padrão dos fiscais nem sobre as alegações a respeito de nomeações
políticas e contingenciamento de despesas. De acordo com a assessoria, não há
prazo para um posicionamento.
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