sábado, 23 de novembro de 2013

Funpresp registra dificuldade na adesão de novo servidor


BSPF     -     23/11/2013




Em dez anos, número de participantes ativos do fundo poderá superar o de seus pares, os contribuintes dos planos da Previ, da Petros e do Funcef

São Paulo - A Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Executivo (Funpresp Exe) está encontrando dificuldades iniciais para conquistar a adesão de participantes. A inscrição está baixa no universo de 7 mil novos funcionários que ingressaram no governo federal em 2013 por meio de concursos.

"Nosso principal problema é a falta de informação, o novo servidor não conhece as regras e ainda pensa que terá o benefício do regime anterior", diz o diretor-presidente do Funpresp-Exe, Ricardo Pena Pinheiro, ex-diretor-superintendente da Superintendência Nacional de Previdência CompIementar (Previc).

Pinheiro informou que a carteira de investimentos já atingiu R$ 78 milhões, dos R$ 73 milhões originados de contribuições. "Investimos 80% em títulos públicos de longo prazo (NTN-Bs), 10% em ações do IBR-X-100 (índice dos 100 papéis mais negociados na Bolsa de Valores) e 10% em títulos privados" detalhou o presidente do Funpresp. Entre os títulos privados adquiridos pelo plano estão letras financeiras da Caixa Econômica Federal.

O presidente informou que a meta atuarial de IPCA (inflação oficial) mais 4% ao ano está sendo cumprida. Desde o aporte inicial dos recursos em 18 de fevereiro, o plano alcançou rentabilidade de 5,31% até o final de outubro, enquanto no mesmo período, a meta atuarial ficou em 5,16%.

Potencial

O plano foi criado no início de 2013 como parte da minirreforma da previdência social da presidente da República, Dilma Rousseff, para equacionar o déficit público previdenciário no futuro.

Na avaliação de especialistas de mercado, nos próximos 30 anos, o Funpresp tende a ser um dos maiores fundos de pensão do Brasil e acompanhar em patrimônio seus pares de patrocinadoras estatais como a Previ (Banco do Brasil) com R$ 163,8 bilhões, Petros (Petrobras) com R$ 64,8 bilhões e Funcef (Caixa Econômica Federal) com RS 51,5 biIhões em patrimônio líquido.

Para efeito desse potencial, o poder executivo federal possui 984,423 mil servidores ativos que recebem pelo regime antigo, de benefício integral pago pela União, mas todos os novos ingressamos terão a opção da previdência complementar, quando seus vencimentos superarem o limite do benefício pago pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS), de R$3.916,20.

Ao ritmo do crescimento anual de 3% da base e da substituição dos servidores federais que serão aposentados nos próximos 10 anos, o Funpresp terá mais participantes ativos que seus pares, quando comparados com os números atuais da Previ (102 mil), Petros(99 mil) e Funcef (90,5 mil).

Mas por enquanto, a adesão está caminhando devagar. "Estamos fazendo palestras e estabelecendo regionais em 27 estados. São 125 carreiras, 205 patrocinadores e 1,103 mil unidades de recursos humanos espalhadas por todo o Brasil, relatou Pinheiro sobre as dificuldades de esclarecer os novos servidores.

A fundação já realizou mais de 70 palestras. A última foi na Agência Nacional do Petróleo (ANP) no Rio de Janeiro em 12 de novembro. Em outubro houve palestras de adesão em Lavras (MG), João Pessoa (PB), Fortaleza (CE), Recife (PE), Rio de Janeiro, e Brasília-DF. 

Quando ao percentual de adesões, nos 10 maiores patrocinadores do plano, que empossaram mais de 55 servidores em 2013, o líder até o momento é o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) com 57,53%, seguido pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) com 49,57%, a Advocacia Geral da União (AGU) com 47,22%, e o Ministério do Desenvolvimento, indústria e Comércio Exterior (MDIC) com 46,74%.

Também houve a adesão de 46,65% dos novos servidores no Ministério da Fazenda. Na Agência Nacional de Aviação Civil, a adesão esteve em 43,75%, seguido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) com 40%, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) com 35,09%, Ministério da Saúde com 32,19% e o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) em 26,92%.

(Ernani Fagundes)



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