Jornal do Senado
- 04/11/2013
O concurso público, estabelecido definitivamente como regra
para contratação pela Constituição de 1988, vem mudando o perfil do
funcionalismo. Dados do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG)
indicam que 40% dos aprovados em concurso têm entre 18 e 30 anos, 20% estão na
faixa de 31 a 49 anos e 40% são maiores de 50 anos. No Executivo, o percentual
de servidores civis ativos de 21 a 30 anos de idade cresceu de 5,2% em 2001
para 12,5% em 2011. Do total, hoje, 55% são mulheres e 45% são homens.
— Estamos evoluindo para um conceito de administração
pública gerencial, menos burocrática, com diminuição dos ranços do Brasil
imperial. Nos nossos cursos, os professores demoram não somente nos conteúdos
técnicos necessários para que o servidor cumpra seu dever, mas também na
exposição de valores, do código de ética e de princípios de moralidade que
devem nortear a administração pública — explica Granjeiro.
Segundo o professor, já está claro, para a sociedade e
especialistas de diversas áreas técnicas, a excelência do corpo de servidores
de órgãos como Polícia Federal, Banco Central, Ministério Público e Receita
Federal. Ainda que algum ranço de outros modelos no perfil de servidor público
persista, analisa Granjeiro, a mudança ainda avançará, pois ela não é apenas
estrutural, e sim cultural, o que leva normalmente algum tempo. Ele relata que
é importante a vocação e a afinidade que o servidor tem com a função dele e que
essa questão vem sendo despertada nas pessoas que buscam se preparar e estão
escolhendo a carreira a seguir no setor público.
— Estamos vivendo uma mudança a partir da Constituição de 88
e da Emenda Constitucional 19, que trata da estabilidade e do estágio
probatório no serviço público — avalia o professor.
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