segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Seleção por concurso trouxe excelência ao corpo funcional


Jornal do Senado     -     04/11/2013




O concurso público, estabelecido definitivamente como regra para contratação pela Constituição de 1988, vem mudando o perfil do funcionalismo. Dados do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) indicam que 40% dos aprovados em concurso têm entre 18 e 30 anos, 20% estão na faixa de 31 a 49 anos e 40% são maiores de 50 anos. No Executivo, o percentual de servidores civis ativos de 21 a 30 anos de idade cresceu de 5,2% em 2001 para 12,5% em 2011. Do total, hoje, 55% são mulheres e 45% são homens.

O professor Wilson Granjeiro, que trabalha há 26 anos em Brasília na preparação de pessoas que desejam ingressar no serviço público, afirma que, por volta de 1995, começou a acontecer uma mudança de valores na cultura do servidor, passando ele a buscar um perfil de “servidor do público”, e não somente de um funcionário público apegado a antigos rituais burocráticos e considerado um “barnabé”. Segundo o professor, “está havendo uma mudança cultural, que deve ainda levar uma geração e meia para ser notada efetivamente”.

— Estamos evoluindo para um conceito de administração pública gerencial, menos burocrática, com diminuição dos ranços do Brasil imperial. Nos nossos cursos, os professores demoram não somente nos conteúdos técnicos necessários para que o servidor cumpra seu dever, mas também na exposição de valores, do código de ética e de princípios de moralidade que devem nortear a administração pública — explica Granjeiro.

Segundo o professor, já está claro, para a sociedade e especialistas de diversas áreas técnicas, a excelência do corpo de servidores de órgãos como Polícia Federal, Banco Central, Ministério Público e Receita Federal. Ainda que algum ranço de outros modelos no perfil de servidor público persista, analisa Granjeiro, a mudança ainda avançará, pois ela não é apenas estrutural, e sim cultural, o que leva normalmente algum tempo. Ele relata que é importante a vocação e a afinidade que o servidor tem com a função dele e que essa questão vem sendo despertada nas pessoas que buscam se preparar e estão escolhendo a carreira a seguir no setor público.

— Estamos vivendo uma mudança a partir da Constituição de 88 e da Emenda Constitucional 19, que trata da estabilidade e do estágio probatório no serviço público — avalia o professor.

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