segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Concursos com 43,3 mil vagas e salários de até R$ 22 mil


Correio Braziliense     -     23/12/2013




O domingo antes do Natal foi de salas de aula cheias nos cursos preparatórios para concursos. Como a competição para realizar o sonho da estabilidade no serviço público é acirrada, os alunos preferiram mergulhar em livros e apostilas a entrar no clima de festejos de fim de ano. Tanto esforço tem justificativas de sobra. Estão abertas 43.339 vagas em 48 certames, com salários de até R$ 22,8 mil. Em oito deles, as inscrições se encerram nesta semana. Atenção especial deve ser dada ao prazo para a seleção que preencherá 566 postos na Polícia Federal (remuneração de R$ 3,3 mil a R$ 5 mil) e para as 129 oportunidades da Polícia Civil de São Paulo (R$ 7,5 mil). As inscrições terminam hoje.

Segundo o professor de Direito Constitucional Max Kolbe, do VestConcursos, a escola só fechará as portas nos dias 24, 25 e 31 de dezembro e 1º de janeiro. “No momento, a dedicação é quase que total para os concursos da PF, que oferece um bom salário, e do Banco do Brasil (BB), que, além de plano de saúde e jornada de seis horas, dá a possibilidade de participação nos lucros e resultados (PLR)”, diz. Também estão bombando os estudos para o Tribunal de Contas do DF (TCDF), com inscrições marcadas para fevereiro de 2014 e salário de até R$ 12,4 mil, e para a Caixa Econômica Federal, um dos mais concorridos do país, cujo edital ainda não foi publicado.

“Tem muita coisa ainda pela frente. O primeiro semestre de 2014 vai trazer alternativas interessantes. Essa é a hora de se preparar, principalmente para as seleções dos bancos que, de forma geral, atraem muitos concurseiros”, enfatiza Kolbe. Foi exatamente o concurso para o BB que chamou a atenção da administradora de empresas Daniela Santos Lima de Araújo, 29 anos. Ela trabalha em uma companhia privada. Recebe R$ 6 mil mensais. Mas diz que não encontra tempo para se dedicar à família. “Sou casada há um ano e quero ter um filho. Da forma como eu vivo, sem horário para nada, não vou conseguir. Apesar de o BB oferecer um terço do que ganho, vai valer a pena”, assinala.

Tribunais

Mário Matos Camargo Filho, 27, formado há um ano em computação, também está de olho nos benefícios e nas perspectivas de ascensão no BB. “Vai ser interessante trabalhar na minha área no serviço público. E ainda com esperança de plano de carreira e de qualidade de vida”, destaca. Tanto Daniela quanto Mário, no entanto, consideram o atual concurso do BB uma “escada” para outros com maior remuneração. Mesmo que sejam aprovados, vão continuar estudando para certames futuros, principalmente dos Tribunais regionais ou federais.

“No Judiciário, a jornada também é de seis horas. Estou preparada para atender o público porque já trabalhei em banco e tenho jeito para lidar com qualquer tipo de cliente. Mas gosto mesmo é da Justiça”, admite Daniela. “Sem dúvida, se eu entrar no BB, vai dar tempo de cumprir minha obrigação e ainda dedicar várias horas às matérias mais importantes de outras opções que possam aparecer. Além dos Tribunais, estou concentrando forças e eventuais oportunidades para o Banco Central”, complementa Mário.

Pouco antes da criação do Fundo de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp), que prevê a limitação das aposentadorias ao teto do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), hoje de R$ 4.159, os especialistas em concurso público previam redução na procura pelas seleções para as carreiras da administração federal. Mas isso não ocorreu. A demanda continuou crescente. A estabilidade no cargo, independentemente de crises econômicas, faz a diferença.

Mas o interesse pelas vagas aberta vai além, no entender de Max Kolbe. “Em muitos casos, mesmo quando a remuneração já é alta, em dois ou três anos, se o candidato tiver cursos de pós-graduação, ele chega mais rápido ao teto daquela carreira”, explica.

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