Jornal Hora do Povo
- 06/12/2013
Após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux,
afirmar que o direito de greve dos Servidores Públicos é "demagogia"
e "desatino", em um seminário de direito que ocorreu na última
segunda-feira (2), no Rio de Janeiro, a Confederação dos Trabalhadores no
Serviço Público Federal (Condsef) considerou lamentável a colocação de um
ministro que está a serviço da preservação da Constituição Nacional, ao
promover uma declaração de total insensibilidade ao direito e a justiça.
A declaração gerou uma imediata indignação e causou profunda
revolta na categoria. A luta para assegurar o direito de greve no setor público
caminha junto com a busca pela regulamentação da negociação coletiva, outro
direito ainda negado ao servidor. As declarações do ministro Fux só fazem
aumentar ainda mais a disposição da categoria para a luta em defesa desses
direitos. Há outras ações que aguardam parecer no STF, como a busca por
definição de uma data-base para a categoria.
Para a Condsef, não cabe aos ministros do Supremo questionar
o que é constitucional. "Cabe ao STF preservar os direitos que a Constituição
assegura, promovendo assim o avanço esperado e necessário em nossa carta
magna", reforçou Sérgio Ronaldo da Silva, diretor da Condsef. "Vamos
continuar lutando e promovendo greves, se assim julgarmos necessário, para
assegurar que nossos direitos sejam respeitados. Se o ministro Fux considera
ineficazes as greves no setor público, é justamente a elas que historicamente
os trabalhadores devem avanços importantes em momentos onde sem mobilização
nada seria possível", acrescentou.
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