Stephanie Tondo
O Dia - 03/12/2013
Paralisação de professores, como a que ocorreu no Rio, foi
criticada por Fux
Rio - Responsável pelo acordo entre o Sindicato Estadual dos
Profissionais de Educação (Sepe) e os governos municipal e estadual que pôs fim
à greve da categoria no Rio, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz
Fux declarou ontem que permitir a greve de servidores públicos é “demagogia” e
“desatino”. Durante discurso em seminário no Rio, Fux criticou a Constituição
Federal de 1988, por garantir o direito de greve no funcionalismo.
Segundo ele: “a greve do servidor não tem eficácia. Só
prejudica aqueles que dependem do serviço público”. Além disso, o ministro
disse ser contra a paralisação dos professores e as manifestações.
Diretora do Sepe, Vera Nepomuceno caracteriza como
lamentáveis as declarações. “A Constituição de 88 foi a que mais avançou no
direito do trabalhador. E servidores não são sacerdotes, são trabalhadores”,
disse.
Para o presidente do Sindicato dos Servidores das Justicas
Federais no Rio, Valter Nogueira Alves, a postura do ministro foi incoerente,
já que o Supremo reconhece o direito de greve dos servidores. “Ele disse que a
lei vale para uns e não para outros”, exclamou.
POSTURA ATRASADA
Secretário-geral da Condsef, Josemilton Costa entende a
postura do ministro como atrasada. “Somos trabalhadores como qualquer outra
categoria. Pagamos impostos, contribuimos para o país”, alegou.
PROJETO DE LEI
Segundo Josemilton Costa, o projeto do senador Romero Jucá
(PMDB/RR) que regulamenta o direito de greve do servidor público ainda está
sendo discutido pelas centrais sindicais.
REUNIÃO DIA 10
No próximo dia 10, representantes das centrais sindicais se
encontram novamente com o senador para discutir sobre o projeto. “Queremos que
seja levada em consideração a proposta dos sindicatos”, disse Josemilton.
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