STEPHANIE TONDO
O DIA - 21/12/2013
Servidores temem que a iniciativa faça os juros aumentarem,
já que a quantidade de empréstimos deve cair
Rio - Entre os maiores usuários do crédito consignado no
país, os servidores podem esperar novidades para o ano que vem. O Conselho
Monetário Nacional (CMN) do Banco Central (BC) aprovou ontem novas regras para
a modalidade. A partir de janeiro de 2015, os correspondentes bancários —
conhecidos como “pastinhas” — terão suas comissões limitadas. Eles poderão
receber à vista 60% do valor a que tinham direito de cada operação contratada.
Servidores temem que a iniciativa faça os juros aumentarem,
já que a quantidade de empréstimos deve cair. Para Alexandre Canalini,
professor de Finanças da FVG, essa é uma possibilidade. “Quando o banco perde
dinheiro, isso é repassado ao consumidor”, diz.
Segundo o chefe do Departamento de Regulação do Sistema
Financeiro do BC, Sérgio Odilon dos Anjos, porém, o objetivo da medida é
limitar a atuação dos agentes. “Eles levam pessoas a fazer crédito mais pela
mecânica de concessão que pela necessidade”, explica.
O CMN introduziu também regras que punem os correspondentes
e bancos que oferecem empréstimos com juros acima do limite legal. Além disso
será proibido cobrar do cliente os custos da transferência da dívida. Canalini
aprova a iniciativa: “É razoável. O Banco Central deve estimular a
portabilidade”.
NO FUNCIONALISMO
Servidores concentram o segundo maior volume de concessões
de crédito consignado no país, ficando atrás apenas dos aposentados. Este ano,
a variação de funcionários públicos que contrataram o produto foi de 23,4%. No
caso de beneficiários do INSS, esse número foi de 27%. Este mês, porém, a
variação foi negativa: de -6,1% e -12,1%, respectivamente.
TAXAS BANCÁRIAS
Para servidores federais, as taxas variam de 1,47% (Banco
Alfa) a 6,07% (PortoCred), segundo reportagem do Brasil Econômico. Para
aposentados, esses valores variam de 1,7% ao mês (Caixa) a 2,29% (Banco
Gerador). Por fim, para trabalhadores da iniciativa privada, a taxa mais barata
encontrada foi de 0,09% ao mês (Banco BMG) e a mais cara de 6,05% (Biorc).
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