STEPHANIE TONDO
O DIA - 27/01/2014
Objetivo é cobrar mais investimentos do governo no setor
Rio - Unidas em campanha salarial, entidades representativas
dos servidores públicos federais consideram a possibilidade de fazer greve
geral este ano. O objetivo é cobrar mais investimentos do governo no setor.
Segundo a Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef),
o cenário atual da administração pública é preocupante e pode ficar ainda pior,
a ponto de comprometer o atendimento à população.
Em nota, a entidade explica que é considerável o percentual
de servidores que deixam cargos públicos por um concurso que assegure melhores
salários ou pela iniciativa privada. “Dados do próprio governo mostram que
cerca de 100 mil estão prestes a se aposentar. Em um universo de servidores
ativos já em número insuficiente para o atendimento à população, esta é uma
lacuna que precisa ser sanada”, avalia a Condsef.
Uma pesquisa da Escola Nacional de Administração Pública,
mostra, porém, que de 2002 a 2012 houve crescimento de 28% no número de
servidores públicos federais ativos . Eram 883.192 e passaram para 1.130.460.
Desses, 57% são civis do Poder Executivo, 32% são militares,
9% do Judiciário e 2% do Legislativo. Ainda segundo o levantamento, o
quantitativo de funcionários do Executivo era de 712.740 em 1988, passou para
486.912 em 2002 e subiu novamente em 2012, para 577.566.
Para a Condsef, a justificativa do Ministério do
Planejamento de que não há recursos para investir no setor público neste
momento não procede, pois anúncio feito pela Receita Federal na última
quarta-feira mostra que a arrecadação de impostos no Brasil atingiu novo
recorde e cresceu 4,08% em 2013. “Os servidores não vão aceitar argumentos
falaciosos enquanto acordos firmados ainda em 2012 seguem pendentes”, informou
a confederação.
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