ALESSANDRA HORTO
O DIA - 16/03/2014
Assembleias nos estados vão definir os atos que serão
promovidos na Esplanada dos Ministérios, em Brasília
Rio - Professores das unidades de ensino federal participam
na próxima quarta-feira do ‘Dia Nacional de Paralisação dos docentes das
Instituições Federais’. Assembleias nos estados vão definir os atos que serão
promovidos na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Segundo o primeiro secretário do Andes-SN (Sindicato
Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), Paulo Rizzo, as
regionais vão organizar atividades como debates, aulas públicas, passeatas e
panfletagem para conscientizar a população sobre as reivindicações específicas
dos professores federais.
Já está previsto um grande ato em frente ao Ministério do
Planejamento a partir das 9 horas.Segundo Rizzo, a intenção é cobrar negociação
efetiva da pauta unificada apresentada ao governo federal e resposta à
solicitação de audiência com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. O
coordenador da CSP-Conlutas, Paulo Barela, declarou que os servidores se
preparam para um processo importante de luta. E destacou que há uma possibilidade
concreta de um processo de construção de uma greve, que pode se unificar no
decorrer do mês de abril.
Em nota, o Andes-SN informou que após o ato público de
quarta-feira haverá uma reunião ampliada do Fórum das Entidades para discutir
as próximas etapas da campanha salarial. De acordo com o sindicato, será
elaborada uma carta-aberta à população com intuito de esclarecer “a falta de
políticas sociais do governo para o serviço público”.
A lista dos principais pontos da campanha unificada dos
servidores públicos federais é extensa. Confira os pontos: definição de
data-base de reajuste em 1º de maio; política salarial permanente com reposição
inflacionária, valorização do salário base e incorporação das gratificações;
cumprimento por parte do governo dos acordos e protocolo de intenções firmados;
contra qualquer reforma que retire direitos dos trabalhadores; retirada de
projetos de lei, medidas provisórias ou decretos contrários aos interesses dos
servidores públicos; paridade e integralidade entre ativos, aposentados e
pensionistas; reajuste dos benefícios, como vale-refeição e antecipação para
2014 da parcela de reajustes do próximo ano.
Em 2012, professores das universidades federais ficaram em
greve por quatro meses. Na época, 57 unidades paralisaram as atividades. O
documento assinado com o governo estabeleceu reajustes de 25% a 40% até 2015.