Jornal Extra - 13/03/2014
As manifestações que os policiais federais vêm fazendo nas
últimas semanas podem se transformar numa greve durante a Copa do Mundo,
prejudicando, entre outras atividades, o movimento dos aeroportos, que estarão
lotados de passageiros por causa do Mundial. “Há a intenção de parar toda a
Polícia Federal na Copa, inclusive os aeroportos, se as negociações não
avançarem”, afirmou André Vaz de Mello, presidente do Sindicato dos Servidores
do Departamento de Polícia Federal do Rio de Janeiro (SSDPF-RJ). Por causa das
eleições, ele espera que o governo federal dê alguma resposta até o fim deste
mês.
Apesar de agentes, papiloscopistas e escrivães terem tido
perdas salariais de cerca de 50% nos últimos sete anos, tempo em que os
salários estão congelados, o sindicalista disse que os protestos não têm apenas
motivações financeiras: “Queremos uma reestruturação da segurança, com a
determinação das atribuições dos cargos de agente, papiloscopista e escrivão”.
Nos aeroportos, os policiais federais supervisionam o
trabalho — geralmente feito por terceirizados — de verificar os passaportes na
imigração, além de atuar no combate ao tráfico de drogas e ao terrorismo. A
Polícia Federal não comentou as reivindicações nem informou se há um plano de
contingência para os aeroportos, em caso de greve da categoria.