BSPF - 16/03/2014
O tratamento que o governo tem dado às demandas apresentadas
pelos servidores federais está acirrando cada vez mais os ânimos da categoria.
No início de fevereiro o Ministério do Planejamento havia se comprometido a
enviar antes do carnaval uma resposta formal para a pauta da Campanha Salarial
Unificada 2014 (veja aqui).
A pauta conta, essencialmente, com os mesmos itens há pelo
menos dois anos pela ausência de avanços nos processos de negociação com o
governo. Uma audiência com a ministra Miriam Belchior também está entre as
solicitações feitas pelas entidades que compõem o Fórum de Entidades do Serviço
Público Federal. Sem qualquer retorno por parte do governo, as entidades
preparam mais uma semana de atividades que devem intensificar a pressão na
busca pelo atendimento de demandas pendentes. Dia 19 da próxima semana uma nova
atividade será realizada em Brasília. Servidores devem promover ações também em
outros estados.
No dia 20, a Condsef, que representa 80% do total de
servidores do Executivo, promove uma plenária nacional com representantes de
sua base. A greve geral como última opção de pressionar para abertura de um
processo efetivo de negociação continua sendo discutida e não foi descartada.
Também no dia 20 o fórum nacional volta a se reunir para nova avaliação das
respostas do governo às ações da categoria e necessidade de aumentar a pressão
e mobilização em torno da busca por avanços.
É importante que os servidores continuem a fortalecer a
unidade e mobilização nos locais de trabalho, pois o governo segue deixando
claro que o cenário de 2014 não será diferente dos anos anteriores e traz o
velho discurso de arrocho. Este é um ano marcado por uma Copa do Mundo e
eleições presidenciais onde, como sempre na história de lutas da classe
trabalhadora, a pressão será o diferencial para que a categoria consiga os
avanços esperados no atendimento de suas principais demandas. Esta é a forma
legítima dos servidores de pressionar o governo e lembrá-lo dos compromissos
ainda não cumpridos com os trabalhadores do setor público.
Fonte: Condsef