BSPF - 18/03/2014
Servidores públicos federais protestam amanhã (19), a partir
das 9h, em frente ao Ministério do Planejamento, em Brasília. Eles irão
pressionar pela reabertura do processo de negociação com o governo e cobram uma
resposta formal à pauta da campanha salarial unificada dos federais, prometida
pelo governo para antes do feriado de carnaval e que ainda não foi dada.
Caso as negociações não avancem, Greve não está descartada.
Entre as reivindicações, está a fixação do dia 1º de maio como data-base da
categoria, já que não há data específica para as negociações coletivas do
serviço público.
"Somos taxativos em afirmar: se governo regulamentasse
a negociação coletiva, com critérios como existem na iniciativa privada, 80%
das greves que acontecem nos serviços públicos seriam evitados, porque em sua
maioria elas ocorrem para abrir um processo de negociação, ou para forçar o
governo a cumprir o que se negocia", afirma o secretário-geral da
Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef),
Sérgio Ronaldo da Silva.
Os servidores também reivindicam a criação de uma política
salarial com regras e critérios para reposição da inflação e valorização dos
salários, a partir do ano que vem. E pedem a antecipação de parcela de reajuste
salarial, prevista para janeiro de 2015, para março deste ano. Em acordo de
2012, o governo concedeu reajuste de 15,8% para os três anos seguintes, com a
previsão de que a inflação seria em torno de 4,5%.
"O problema é que a inflação dos últimos dois ficou
próxima a 6%, e uma sobre outra já ultrapassa 12%. Isso significa que estamos
tendo perda no poder aquisitivo de compra e os trabalhadores não podem pagar
por essa fatura", disse Silva.
Eles querem ainda equiparação de benefícios e plano de
saúde, entre servidores do Executivo, Legislativo e Judiciário, e incorporação
de gratificações. "O peso das gratificações é em torno de 50% da
remuneração do servidor. Queremos diminuir essa equação, deixando o peso maior
no vencimento básico e a gratificação por desempenho fique com um peso menor,
no máximo 30%."
A atividade é organizada pelo Fórum Nacional das entidades
de servidores públicos federais, que representa os trabalhadores do Executivo,
Legislativo e Judiciário.
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