BSPF - 25/05/2014
O presidente da
Andifes (associação de reitores das federais), Jesualdo Farias, afirmou nesta
quarta-feira (21) que a paralisação de técnicos-administrativos nas
universidades não tem "adesão massiva" e "não conseguiu
paralisar" as atividades. Os servidores iniciaram a greve há pouco mais de
dois meses e reivindicam mudanças na carga horária de trabalho e reajuste
salarial, entre outras demandas. Reitor da Universidade Federal do Ceará,
Farias afirmou que este "não é um momento para greve". Na manhã desta
quarta, uma comissão de reitores das universidades se encontrou com a
presidente Dilma Rousseff.
Na presença do ministro Henrique Paim (Educação), o
grupo entregou uma carta à presidente, onde solicita um novo plano para as
instituições, em moldes semelhantes ao Reuni (Programa de Apoio a Planos de
Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), lançado em 2007.
"Não faz sentido ter uma greve, já que o acordo pressupõe as negociações
até que 2015 chegue e aí sim [pode ser proposta] uma nova pauta", afirmou
o reitor. Em 2012, servidores das universidades federais paralisaram as
atividades e receberam um reajuste escalonado, entre 2013 e 2015.
A Fasubra (Federação
dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras)
argumenta que o reajuste de 15,8% ao longo dos três anos já não cobrirá a
inflação do período. "Os reitores não concordam [com as reivindicações],
então não há nem negociação", disse o presidente da Andifes. "HORA DA
CONSOLIDAÇÃO" A entidade entregou uma carta à presidente com sugestões
para um novo plano para as universidades, para um prazo de dez anos. Entre as
sugestões estão parceria com universidades estrangeiras, mobilidade de docentes
de pós-graduação e incremento da educação a distância.
"Nem todas as
dificuldades puderam ser resolvidas na última década, sobretudo devido ao
passivo de infraestrutura e pessoal. É indispensável uma política permanente
para consolidar os novos cursos, os novos campi e as novas instituições, com o
propósito de dar continuidade ao crescimento quantitativo e qualitativo do
ensino superior no país", diz o documento. Segundo o texto, esta é a
"hora da consolidação" das medidas adotadas anteriormente, quando
houve forte expansão de vagas nas federais e interiorização de campi.
Fonte: TNonline