Revista VEJA
- 15/07/2014
No total, 272 funcionários do governo federal receberam
punições no período, informa a CGU
De janeiro a junho de 2014, 272 servidores públicos federais
foram alvo de punições administrativas por terem apresentado envolvimento em
diversos tipos de irregularidade, como recebimento de propina e improbidade
administrativa. Isso significa que no primeiro semestre deste ano o governo
federal demitiu 224 funcionários públicos federais, cassou vinte aposentadorias
e destituiu outros 28 servidores de cargos em comissão - desse total, 204
punições foram resultado de envolvimento em corrupção.
No primeiro semestre do ano passado as punições atingiram
247 servidores. Ou seja, o primeiro semestre de 2014 apresentou um crescimento
de mais de 10% no volume de "punições expulsivas aplicadas a
estatutários" em relação à primeira metade de 2013. Em todo o ano de 2013,
a CGU registrou 528 situações de expulsões de servidores públicos federais. Os
dados são da Controladoria-Geral da União (CGU). O balanço considera os
estatutários do Poder Executivo Federal, ou seja, submetidos ao Regime Jurídico
Único dos Servidores Públicos Federais.
A maior parte dos servidores expulsos este ano é oriunda do
Ministério da Previdência Social (MPS), com 78 casos. Em segundo lugar no
ranking de expulsões ficou o Ministério da Educação, com 45 expulsões, e, em
terceiro, o Ministério da Justiça, com 40. Geograficamente, a maioria das
expulsões registradas no primeiro semestre de 2014 ocorreu em São Paulo (48
casos). Rio de Janeiro (47) e Distrito Federal (32) aparecem em seguida.
Os principais fatores que promoveram a aplicação das
punições foram ato relacionado a corrupção (204); abandono de cargo,
inassiduidade ou acumulação ilícita de cargos (53); proceder de forma desidiosa
(3). Desídia é o desleixo no trabalho, com problemas como pouca produção,
atrasos frequentes e faltas injustificadas ao serviço.
(Com Estadão Conteúdo)