BSPF - 07/07/2014
Profissionais ligados ao Sinasefe (Sindicato Nacional dos
Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica) decidiram
suspender a greve de professores e técnicos administrativos de institutos
federais de educação e do Colégio Pedro 2º (Rio de Janeiro) a partir do dia 10
de julho. A medida foi acordada em assembleia realizada nesse sábado (5).
Segundo Silvana Schuler Pineda, coordenadora geral do
sindicato, os servidores permanecerão em estado de greve -- significa que a
qualquer momento poderão fazer uma nova paralisação -- por tempo indeterminado.
A decisão ocorreu depois de uma liminar do STJ (Superior
Tribunal de Justiça) , do dia 17 de junho, que determinou que os profissionais
dos institutos e universidades federais voltassem ao trabalho, sob pena de
multa de R$ 200 mil por dia.
O entendimento da Justiça foi baseado em um acordo para
reestruturação remuneratória firmado em 2012 entre o governo e os servidores
públicos federais, o que não é reconhecido pelo Sinasefe, que atualmente
representa a categoria. O acordo sobre o qual a Justiça se baseia estabelece
que os trabalhadores não poderiam fazer greve até março de 2015. Para o STJ os
grevistas são servidores públicos, o que agrega responsabilidades que devem ser
atendidas.
De acordo com Gibran Jordão, coordenador da Fasubra
(Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativo em
Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil), a entidade suspendeu a
greve no dia 25 de junho e desde então os técnicos administrativos têm retomado
as atividades.
Gibran informou ainda que nesta quarta-feira (9) está
agendada uma reunião com o governo para o início das negociações com a
categoria.
Greve
No caso dos técnicos administrativos, a greve foi motivada,
segundo os profissionais, pelo descumprimento de um acordo de 2012 em que o
governo se propôs a fazer um redimensionamento do corpo de funcionários; a
racionalização de antigos cargos; o reposicionamento de aposentados; a
democratização dos cargos nas instituições de ensino e uma análise das
terceirizações.
Já os docentes pedem a reestruturação da carreira, a
reposição de perdas salariais com a inflação, entre outras demandas.
Os servidores das instituições federais de ensino superior
estavam em greve desde o dia 17 de março. A paralisação dos institutos federais
foi deflagrada a partir de 21 de abril e os técnicos administrativos e
professores do Colégio Pedro 2º paralisaram suas atividades no dia 17 de maio,
com uma adesão de 80%, de acordo com o Sindscope (Sindicato dos Professores do
Colégio Pedro 2º).
Segundo o Sinasefe, servidores de 19 Estados aderiram à
greve, abrangendo 163 instituições.
Com informações da
Agência Brasil e UOL