sexta-feira, 25 de julho de 2014

Greve impede IBGE de divulgar índice de desemprego


O DIA     -     25/07/2014




Problema se repete pelo 2º mês seguido

Rio - A greve por melhores condições trabalhistas iniciada em maio pelos empregados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) impediu o governo de divulgar ontem, pelo segundo mês consecutivo, a Pesquisa Mensal de Emprego (PME). O órgão informou que, pela paralisação, pôde apenas estabelecer o índice de desemprego em junho em quatro das seis regiões metropolitanas em que mede a taxa nacional.

O governo até agora não divulgou o índice de desemprego em maio pelo mesmo motivo. “Excepcionalmente não estão disponíveis os dados das regiões metropolitanas de Salvador e Porto Alegre. O atraso nos períodos de coleta, estudo, análise e avaliação dos dados recolhidos obedeceu à paralisação dos funcionários do IBGE, o que impediu a divulgação completa do estudo na data prevista”, informou o instituto em nota oficial.

Em abril, a última vez que foi medida nas seis cidades, a taxa de desemprego era de 4,9%, abaixo dos 5,0% do mês anterior e dos 5,8% medidos no mesmo mês do ano passado. De acordo com o IBGE, os dados parciais recolhidos em junho permitem dizer que o desemprego permaneceu estável em relação a maio em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, as três maiores cidades do país, e que diminuiu um ponto percentual em Recife, até 6,2% da população economicamente ativa.

O índice de desemprego em junho em São Paulo foi de 5,1%, sem variação a respeito de maio; o do Rio de Janeiro ficou em 3,2% após ter sido de 3,4% no mês anterior, e o de Belo Horizonte subiu ligeiramente de 3,8% até 3,9%. Na comparação com junho do ano passado, a taxa de desemprego caiu 2,1 pontos no Rio.

Impasse impede volta ao trabalho

Os grevistas do IBGE lutam por aumento salarial, reestruturação da carreira, contratação de pessoal e readmissão dos 169 temporários afastados após participação na greve. O Ministério do Planejamento informa que mantem negociação. Mas destaca que já há um plano de reajustes em vigor. A última parcela será paga em janeiro de 2015.

Para a associação que representa os grevistas, a categoria manterá o movimento até o governo sinalizar com propostas concretas sobre as reivindicações.


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