Revista Veja
- 18/08/2014
Segundo levantamento do Ministério do Trabalho, de 1,4
milhão de vagas criadas no ano passado, 27,8% são de servidores estatutários,
ou seja, ligados a órgãos públicos
O Brasil criou 1,49 milhão de vagas líquidas de trabalho em
2013, ou seja, já consideradas as demissões do período. Os dados constam da
Relação Anual de Informações Sociais (Rais), um banco de dados que as empresas
são obrigadas a preencher anualmente e enviar ao Ministério do Trabalho e do
Emprego (MTE).
A diferença entre a Rais e o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo MTE mensalmente, é que o primeiro engloba todas as vagas formais, incluindo celetistas (contratados no regime da CLT), estatutários (servidores públicos), temporários e avulsos. Isso significa que a Rais mostra um panorama mais fiel do mercado de trabalho.
A diferença entre a Rais e o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo MTE mensalmente, é que o primeiro engloba todas as vagas formais, incluindo celetistas (contratados no regime da CLT), estatutários (servidores públicos), temporários e avulsos. Isso significa que a Rais mostra um panorama mais fiel do mercado de trabalho.
O resultado de 2013 mostra que a criação líquida aumentou
29,7% em relação ao ano anterior. Mas, diferente de 2012 e dos anos anteriores,
a alta foi garantida pela contratação de servidores públicos de níveis
municipal, estadual e federal. Um total de 414,7 mil novas vagas, ou seja,
27,8%, são atribuídas ao setor público. O MTE mostra que, enquanto o emprego
formal avançou 3,15% na comparação anual, o funcionalismo cresceu 4,85%. Já o
regime celetista teve alta de 2,76%, com a contratação líquida de 1,075 milhão
de pessoas. Apesar do avanço no ano passado, o MTE mostrou que se trata do
segundo pior resultado em 10 anos, perdendo apenas para o de 2012, quando foram
criadas 1,14 milhão de vagas.
O avanço do emprego por setor mostra que, entre os
celetistas, a maior criação de emprego ficou em Serviços, com 558,6 mil postos
de trabalho líquidos, uma alta de 3,46% em relação a 2012. Em seguia, há o
Comércio, com a criação de 284,9 mil
empregos. A Indústria de Transformação e a Construção Civil vêm em seguida, com
a criação de 144,4 mil e 60,0 mil postos, respectivamente.
No caso da Indústria de transformação, alguns subsetores
apresentaram queda do emprego já no ano passado, como a indústria metalúrgica,
que cortou 3.646 vagas (queda de 0,44%) e a de calçados, com queda de 6.160
postos (-1,84%).