sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Salário de ministro do STF pode chegar a R$ 35.919


Agência Câmara Notícias     -     29/08/2014




A Câmara analisa o Projeto de Lei 7917/14, do Supremo Tribunal Federal (STF), que aumenta de R$ 29.462,25 para R$ 35.919,00 o salário dos ministros do tribunal a partir de janeiro de 2015. O valor é usado como teto salarial do funcionalismo público.

De acordo com os ministros, o aumento de 21,9% foi calculado a partir da reposição das perdas da inflação de 2009 a 2013 somadas à projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor – Amplo (IPC-A) para 2014, em um total de 16,11%. A lei 12.771/12 já prevê reajuste para os ministros do Supremo de R$ 30.935,36 a partir de janeiro de 2015.

Impacto

O reajuste terá impacto em todo o Judiciário, já que os salários dos juízes são calculados a partir do subsídio pago aos ministros do STF. Os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ganham 95% do valor recebido pelos ministros do Supremo. Já os juízes da segunda instância ganham 95% do recebido pelos integrantes do STJ. Finalmente, os juízes de primeira instância ganham 95% dos de segunda instância.

O STF afirma que o reajuste terá impacto de R$ 2,5 milhões só para o órgão e de R$ 646,3 milhões para as demais instâncias do Judiciário federal.

A proposta condiciona o aumento à dotação prévia no orçamento de 2015. Por causa disso, o STF mandará ao Executivo um pedido para alterar a proposta de lei orçamentária encaminhada nesta quinta-feira (28) ao Congresso para prever o reajuste de 16,11% sobre o salário de R$ 30.935, previsto na Lei 12.771/12.

Segundo o Supremo, outra proposta (PL 6218/13) com solicitação de aumento para os ministros está, desde outubro de 2013, na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público sem análise. “Como ainda não houve apreciação do projeto e a versão necessita de ajustes, apresenta-se o novo projeto de lei”, afirma o presidente eleito do STF, Ricardo Lewandowski.

Critérios

A proposta também estabelece três critérios novos para reajustes a partir de 2019:

- a recuperação do poder aquisitivo dos ministros;
- o fato de que o salário dos ministros é usado como teto da administração pública; e
- a comparação com subsídios e remunerações de outros integrantes de carreiras de estado, como diplomatas, e demais servidores federais.

Tramitação

A proposta será analisada pelas comissões temáticas da Câmara.


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