Jornal de Brasília
- 04/09/2014
Em manifestação na entrada no plenário, servidores do
Supremo Tribunal Federal (STF) pedem uma audiência com o ministro Ricardo
Lewandowski, que tomará posse como presidente na semana que vem, para
reivindicar carreira própria no tribunal e recomposição salarial. Caso o
ministro não os receba na primeira semana após ser empossado, os servidores
ameaçam uma paralisação no dia 17.
Expectativa
O pleito já existe há dois anos e meio, segundo a Associação
dos Servidores do Supremo Tribunal Federal (Astrife). Na gestão do
ex-presidente Joaquim Barbosa, os servidores não conseguiram avançar. A
expectativa é de que Lewandowski, que tem defendido publicamente a recomposição
salarial dos magistrados, compre a briga dos servidores.
Impacto de R$ 100 milhões
Lewandowski precisa convocar na Corte sessão administrativa
para aprovar o projeto dos servidores e encaminhá-lo ao Congresso Nacional. O
projeto tem impacto de R$ 150 milhões e abrange os 1.000 servidores do Supremo.
Trampolim
De acordo com os manifestantes, a falta de uma carreira
própria faz com que os trabalhadores usem o STF como "trampolim",
pulando posteriormente para outros órgãos em que há acúmulo de funções e maior
número de gratificações. Em 2008, segundo a Astrife, o tribunal teve de chamar
900 nomes aprovados em concurso para completar 150 vagas.
Funções gratificadas
A manifestação dos servidores ocorre um dia depois de o
Plenário do Senado aprovar a criação de 180 funções e cargos comissionados no
Supremo.