Fausto Macedo e Mateus Coutinho
O Estado de S. Paulo
- 26/10/2014
Contracheques. Magistrados, defensores públicos federais e
procuradores da República iniciaram movimento para obter benefícios que vão do
auxílio-moradia ao 14º e 15º salários; Supremo aprovou e CNJ estendeu vantagem
de R$ 4,3 mil mensais a todos os juízes
Às vésperas das eleições e na reta final do governo,
categorias do funcionalismo que detêm os melhores contracheques – magistrados,
procuradores e defensores públicos federais – iniciaram um movimento para obter
benefícios que vão desde auxílio- moradia até o pagamento de 14.º e 15.º
salários.
A estratégia para driblar o “engessamento” dos holerites –
esses profissionais do mundo jurídico reclamam que não têm reajuste há pelo
menos seis anos – começou a surtir efeito em 15 de setembro, quando o ministro
Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, mandou pagar o auxílio-moradia de R$
4.377 mensais a todos os juízes federais.
Ao regulamentar a vantagem, o Conselho Nacional de Justiça
(CNJ) estendeu o auxílio-moradia a todos os magistrados, indistintamente,
federais, estaduais, do trabalho e militares. A medida foi aprovada por 13 votos
a dois pelo colegiado.
Segundo a Advocacia-Geral da União (AGU), este benefício vai
custar cerca de R$ 1 bilhão por ano aos cofres públicos.
Contrária à extensão do benefício, a conselheira Gisela
Gondin Ramos alertou: “O Poder Judiciário, que deveria ser o primeiro a prezar
pela moralidade administrativa e pelo racional uso do dinheiro público, vacila
quando ignora o...