Portal Brasil
- 21/10/2014
Investigação constata nepotismo, uso do bem público para
interesse particular e fraudes para aprovarem servidores na universidade
A Polícia Federal desencadeou nesta terça-feira (21) a
Operação Password. O objetivo da operação é apurar a responsabilidade criminal
de uma associação composta por servidores públicos federais que fraudava
certames de interesse público.
A operação contou com 106 policias federais e resultou em 23
mandados de busca e apreensão nas cidades mineiras de Governador Valadares,
Juiz de Fora, Belo Horizonte, e em Brasília (DF). Foram cumpridos, também, dois
mandados de afastamento da função pública e proibição de acesso a determinados
lugares.
As investigações tiveram início em maio deste ano e foram
identificadas fraudes cometidas por servidores públicos ocupantes de cargos de
direção na Universidade Federal de Juiz de Fora, com a participação eventual de
dois secretários e um ex-secretário de Governo da Prefeitura de Governador
Valadares.
Os investigados encontraram uma forma de institucionalização
do nepotismo, tratando a coisa pública como própria, fazendo uso de bens e
dinheiro público no interesse particular, inclusive, para fins de obstruir as
investigações da PF.
Ao todo, foram apurados indícios que demonstram a realização
de fraudes para a aprovação de 11 candidatos no concurso público para a
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
Também apurou-se a prática do crime de falsidade ideológica,
para viabilizar a posse de um dos investigados, que já era servidor da referida
universidade, contando com declaração ideologicamente falsa, assinada por um
professor da universidade, que declarava uma condição que o candidato ainda não
possuía, para fins de cumprir requisito do edital.
Fonte: Agência de Notícias da PF