Congresso em Foco
- 08/11/2014
“Hoje, em 2014, a população brasileira é de 202 milhões de
pessoas. Ou seja, há 37 milhões de brasileiros a mais do que em 1995, mas o
número de servidores é igual ao daquela época, mesmo passados dois mandatos de
Lula e um de Dilma”
Uma das questões mais polêmicas da campanha eleitoral deste
ano para a Presidência da República foi a dos concursos públicos. As posições
de Dilma Rousseff, que acabaria reeleita, e de seu adversário Aécio Neves sobre
o assunto foram tema de discussões entre partidários – concurseiros ou não – dos
dois candidatos, nas salas de aulas, nas rodas de conversas e, sobretudo, nas
redes sociais. Mais uma vez, a tática petista da desinformação voltou a
funcionar contra o candidato da oposição, como já ocorrera na campanha
anterior, com José Serra.
Muita gente acabou convencida de que a vitória de Aécio
representaria um retrocesso nos concursos públicos, enquanto que a de Dilma
significaria a continuidade dos certames pelos próximos quatro anos. A
afirmação de que houve muito mais concursos nos quatro anos do governo de Dilma
do que nos oito de Fernando Henrique Cardoso tornou-se até um dos mantras
preferidos do PT. Mas o fato é que, independentemente de quem estará na
Presidência, o cenário é de um boom de concursos públicos a partir de 2015.
Portanto, ninguém deve tirar o pé do acelerador nos estudos.
Para restabelecer a verdade e desmistificar o assunto, vou
começar com dados que demonstram o contrário do que foi alegado contra Aécio
durante a campanha presidencial. Os números vão responder à dúvida que
permanece na cabeça dos concurseiros. Todos que têm oportunidade, me fazem a
mesma pergunta, seja nas redes sociais, seja em minhas palestras, seja
pessoalmente, por onde quer que eu passe, independentemente do candidato em que
tenham votado: como ficará o quadro dos concursos públicos nos próximos quatro
anos?
Pensemos juntos. Em primeiro lugar, vale lembrar que, em
1995, quando teve início o primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso,
tínhamos no Brasil 1,1 milhão de servidores públicos e uma população de 165
milhões de habitantes. No fim do segundo mandato de FHC, em 2002, houve uma
redução de 200 mil cargos no quadro do funcionalismo, como consequência das
privatizações, aposentadorias e...
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