BSPF - 15/11/2014
País chega a gastar até R$ 70 mil de aluguel mensal para
embaixadores, mas muitos servidores sofrem com cortes em auxílio-moradia e
planos de saúde
Pelo menos dois mil funcionários espalhados pelas 226
embaixadas do Brasil ao redor do mundo foram prejudicados por cortes
orçamentários que afetam o Ministério das Relações Exteriores nos últimos dois
meses, segundo o Sinditamaraty (Sindicato Nacional dos Servidores do
Itamaraty).
O sindicato diz que esses funcionários entraram em “estado
de manifestação” na segunda-feira (12/11), reivindicando valorização do serviço
brasileiro no exterior e regras mais claras para o repasse de recursos do
ministério para as embaixadas. Em resposta às demandas, o Itamaraty diz estar a
par da situação e explica que atrasos em reembolsos aos funcionários acontecem
em função do cumprimento de uma determinação do TCU (Tribunal de Contas da
União), que fixa prioridades para a liberação de verbas.
Os cortes não atingem os salários dos servidores, mas os
auxílios que eles recebem para pagar aluguel e planos de saúde – que muitas
vezes são maiores que o próprio salário.“O que sentimos da administração
pública da União é um descaso com os servidores nesses cortes orçamentários.
Sempre aceitamos, mas agora está pesando muito. Nós nos afastamos dos amigos,
da família e, de repente, não temos mais as previsibilidades das condições que
passamos lá fora. Como você é representante do governo brasileiro e atrasa o
aluguel?”, critica a presidente do Sinditamaraty, Sandra Nepomuceno Malta, em
entrevista a Opera Mundi.
Segundo o Sinditamaraty, o auxílio-residência e os planos de
saúde dos funcionários não são pagos desde setembro. O combinado é que os
servidores em missão permanente no exterior paguem seus aluguéis para, em
seguida, serem reembolsados. No entanto, como o Itamaraty precisa trocar os
reais por dólares antes de distribuir para os postos, o dinheiro sempre chega
com atraso e...
Leia a íntegra em Contra atrasos de pagamentos, funcionáriosdo Itamaraty fazem exigências e prometem novos protestos
Fonte: Opera Mundi