Valor Econômico
- 18/12/2014
A Câmara dos Deputados aprovou ontem o reajuste dos salários
dos próprios deputados e senadores, dos ministros do Supremo Tribunal Federal
(STF), da presidente Dilma Rousseff, do vice- presidente Michel Temer (PMDB),
dos ministros de Estado e da cúpula do Ministério Público Federal. Os projetos
seguiram para análise do Senado.
O subsídio da presidente e dos ministros, que hoje é de R$
26,7 mil, subirá para R$ 30,9 mil, equivalente a 15,76% a mais. A quantia,
segundo ofício do ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, foi
definida para equiparar o acréscimo ao reajuste dos Servidores Públicos, que
desde 2012 tiveram aumento de 5% ao ano.
Apesar do ajuste fiscal prometido para 2015, o governo não
fez menções no ofício à remuneração da cúpula dos outros Poderes, que terá
impacto bilionário nas contas públicas, com o aumento em cascata para os demais
funcionários, aposentados e pensionistas.
O subsídio dos ministros do STF representa o teto de
remuneração do serviço público.
Os vencimentos dos ministros do STF, do procurador-geral da
República e dos deputados e senadores ficarão em um valor maior que o do
Executivo: R$ 33,7 mil. Para os parlamentares, que recebem atualmente R$ 26,7
mil, o aumento representa 26,2% a mais. Para os demais, que recebem R$ 29,4
mil, o incremento será de 14,6%.
Os ministros do STF e o chefe da Procuradoria-Geral da
República reivindicavam aumento maior, para R$ 35,9 mil, mas foram convencidos
pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), a aceitar um valor
menor. (RDC)