BSPF - 24/01/2014
Surpreendentemente altos. Essa é a opinião de João Alves,
dono de copiadora em Brasília, ao saber que a União (Executivo, Judiciário e
Legislativo) fez uso de R$ 162,1 milhões para custear cópias de documentos ao
longo do ano passado. O valor desembolsado para a reprodução de documentos da
União em 2014 foi superior ao de 2013. No exercício anterior, os gastos somaram
R$ 155,6 milhões, em valores constantes, já atualizados pela inflação. Sendo
assim, foi cerca de 4%, ou R$ 6,5 milhões, menor.
Alves tira cerca de 3,5 mil cópias por dia. Para ele, a
quantia gasta pelo governo resulta em volume muito grande de papéis. O
comerciante crítica a prática adotada, já que, segundo ele, hoje em dia
qualquer documento pode ser visto digitalmente. “O governo está vacilando”,
afirma. O comerciante ainda deu dicas para o governo diminuir os gastos com
cópias. “Os documentos devem ser impressos frente e verso, dessa forma há
economia nas contas do governo e também nos papéis, o que é melhor para o
planeta”.
Caso os órgãos da administração pública federal tivessem contratado Alves, mais de 1,6 bilhão de cópias teriam sido impressas. O preço médio que o comerciante cobra por xerox comum, em preto e branco, é de R$ 0,10. Além disso, se João Alves apenas tirasse cópias nos 26 dias que trabalha por mês, os gastos da União poderiam pagar quase 1,5 mil anos de trabalho do comerciante.
Caso os órgãos da administração pública federal tivessem contratado Alves, mais de 1,6 bilhão de cópias teriam sido impressas. O preço médio que o comerciante cobra por xerox comum, em preto e branco, é de R$ 0,10. Além disso, se João Alves apenas tirasse cópias nos 26 dias que trabalha por mês, os gastos da União poderiam pagar quase 1,5 mil anos de trabalho do comerciante.
Por órgão
O Ministério da Educação (MEC) lidera entre os órgãos que mais aplicam nesse
serviço. Em valores correntes, de 2013 para 2014, o montante gasto com as
cópias aumentou em 12%, já que no ano passado foram usados R$ 36 milhões do
orçamento e no ano anterior R$ 32,2 milhões. A administração do MEC e o Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação são os maiores centralizadores dos
dispêndios com as cópias.
As unidades pagaram R$ 2,7 milhões e R$ 2 milhões, respectivamente, no ano passado. Em termos de universidades, a que se destaca é a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, que desembolsou com R$ 2,2 milhões. O Ministério da Fazenda vem logo atrás em relação ao montante empregado em xerox de documentos.
As unidades pagaram R$ 2,7 milhões e R$ 2 milhões, respectivamente, no ano passado. Em termos de universidades, a que se destaca é a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, que desembolsou com R$ 2,2 milhões. O Ministério da Fazenda vem logo atrás em relação ao montante empregado em xerox de documentos.
No entanto, de um ano para o outro, houve diminuição
de despesas correntes. No ano passado, foram usados R$ 14,8 milhões para esse
fim. Já no ano anterior, haviam sido R$ 18,5 milhões. A Procuradoria Geral, ao
que parece, foi a que mais fez cópias dentro do Ministério, ao todo foram R$ 3
milhões. Em segundo lugar, encontra-se o Banco Central, que gastou R$ 2,2
milhões apenas em cópias de documentos.
O Minsitério da defesa também foi um
dos que mais comprometeu seu orçamento com cópias. O aumento de 2013 para 2014
foi de 8%. Tendo em vista que foram gastos R$ 12,5 milhões no ano passado e no
anterior, R$ 11,5 milhões. Mais precisamente, foi a força aérea que demandou,
no ano passado, maior importância em impressão de documentos. Apenas o
Grupamento de Apoio de Infraestrutura de São José dos Campos, centro de
preparação para militares da reserva, chegou a aplicar R$ 1 milhão, ou 8% do
orçamento do Ministério da Defesa.
Fonte: Contas Abertas (Thaís Betat)