Thais Folego
Valor Econômico - 02/03/2015
O fundo de pensão dos servidores federais, a Funpresp,
selecionou os gestores de recursos que administrarão os seus recursos. Com
quase dois anos de funcionamento, a fundação tem cerca de R$ 130 milhões em
ativos e a estimativa é que atinja um patrimônio de R$ 1,5 bilhão em cinco
anos.
"Teremos uma gestão combinada, sendo uma parte própria
e outra terceirizada. O objetivo é melhorar a performance e o risco dos
investimentos", diz Ricardo Pena, diretor-presidente da Funpresp. Segundo
ele, a licitação levou em conta aspectos quantitativos e qualitativos, entre
eles porte, experiência com gestão de recursos de fundos de pensão, solidez e
custos.
Participaram da licitação dez instituições e oito foram
qualificadas. São elas, por ordem de colocação: BB DTVM, Caixa Econômica
Federal, Itaú Unibanco, Western Asset, Santander, Bradesco Asset, HSBC e BTG
Pactual. A taxa de administração média cobrada pelas gestoras será de 0,14%.
Pena afirma que foram analisados histórico de rentabilidade,
sistema de controle de riscos, capacidade de análise de crédito privado e
compliance das instituições. Carlos Takahashi, presidente da BB DTVM, elogiou a
concorrência. "Não necessariamente as que cobraram taxas mais baratas
estão entre as mais bem colocadas", diz.
Até então, os recursos da entidade eram administrados
integralmente em dois fundos exclusivos da BB DTVM e da Caixa. As regras dos
fundos de pensão dos servidores define que até que seja feita uma licitação
para a escolha de gestores, os recursos devem ser administrados por bancos
públicos.
Hoje, os recursos estão alocados predominantemente em
títulos públicos de longo prazo, com 90% dos ativos. Os outros 10% estão em
crédito privado e ações. Em 2014, a rentabilidade foi de 11,41%, superando a
meta de 10,66% - equivalente a IPCA mais 4%.
Neste primeiro momento, os recursos serão divididos
igualmente entre as cinco primeiras colocadas. Após seis meses, será feita uma
avaliação de performance e o fluxo de recursos recebidos com as contribuições
dos servidores será dividido de acordo com quem entregar o melhor resultado.
Após dois anos, a gestora com o pior desempenho irá para o fim da fila, depois
do oitavo colocado, e a próxima da fila assume a gestão.