Agência Brasil
- 29/05/2015
As universidades federais da Bahia e do Oeste do Pará
aderiram hoje (29) à greve que, segundo o Sindicato Nacional dos Docentes de
instituições de Ensino Superior (Andes-SN), já mobiliza 20 instituições
públicas de ensino superior. O movimento, que envolve professores e
trabalhadores técnico-administrativos de vários estados, começou ontem (28) e é
por tempo indeterminado.
Os profissionais querem pressionar o governo federal a
ampliar os investimentos na educação pública. Entre as reivindicações, estão a
reestruturação da carreira e a reposição de 27% das perdas salariais.
Os docentes aprovaram a greve no dia 16 de maio, durante
reunião do Andes-SN, em Brasília. Na lista de instituições mobilizadas, estão a
Universidade Federal Fluminense e as federais de Alagoas, Sergipe, do
Tocantins, Pará, Amapá e de Lavras (MG).
Os trabalhadores técnico-administrativos decidiram pela
greve em plenária nacional na segunda-feira (25). Segundo a Federação de
Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino
Superior Públicas do Brasil (Fasubra), na última reunião com o governo, no dia
22 de maio, foram apresentadas posições que "efetivamente não acatam a
centralidade" das demandas dos trabalhadores.
Para a Federação de Sindicatos de Professores de
Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), que representa 11
sindicatos, o momento não é para a paralisação.
O Ministério da Educação (MEC) criticou a decisão pela
greve, alegando que não houve um amplo diálogo prévio. Por meio de nota,
representantes da pasta informaram que a deflagração do movimento agora só
faria sentido "quando estiverem esgotados os canais de negociação".