BSPF - 26/06/2015
Representantes do Ministério do Planejamento e do Fórum dos
Servidores Públicos Federais estiveram reunidos nesta quinta-feira (25) para
começar a construir um acordo em relação ao reajuste salarial dos
trabalhadores. Desde março, as duas partes já se reuniram outras 54 vezes para
apresentar propostas.
Os sindicalistas
reivindicam reajuste salarial de 27,3%, mas, para o governo, o valor máximo
possível é de 21,3%, parcelado em quatro anos. Seriam aumentos de 5,5% no ano que
vem; 5% em 2017; 4,8% em 2018 e 4,5% em 2019. Esses percentuais já levam em
consideração as projeções de inflação feitas pelo mercado e o impacto da folha
de pagamento nas projeções do PIB.
Agora, cada categoria
vai fazer sua própria avaliação. Para Rogério Marzola, coordenador geral da
Federação dos Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior
(Fasubra), a proposta do governo não contempla os trabalhadores.
"A proposta é extremamente insuficiente. O governo, sob
a retórica de que a gente não tenha perdas no poder aquisitivo, começa propondo
que nós esqueçamos todas as perdas que tivemos até o presente momento, que os
27% sejam descartados, que a inflação desse ano seja desconsiderada e que só se
pense no futuro a partir daí".
O secretário de
Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, explicou
que as negociações ainda não terminaram.
"Nós agora vamos
aguardar o retorno das entidades sindicais. Elas vão avaliar essa proposta. É a
maior parte de impacto orçamentário essa proposta que o governo trouxe. Nos
parece uma proposta bastante defensável, com muita racionalidade. Aguardando
esse retorno, nós vamos fazer novos movimentos de discussão da
negociação".
O governo vai voltar
a se reunir com as entidades sindicais no dia sete de julho. O objetivo é
concluir as negociações ainda no início do segundo semestre.
Fonte: Rádio UFMG Educativa