Agência Brasil
- 13/07/2015
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, reforçou a
opinião da presidenta Dilma Rousseff e indicou que o reajuste médio de 59,49%
para servidores do Poder Judiciário deve ser vetado pelo governo.
“O reajuste [aprovado no Senado] não está compatível com o
reajuste fiscal. Isso deve ser motivo para o veto. A presidenta se manifestou
sobre isso na viagem”, disse Barbosa em entrevista hoje (13), em Brasília.
Durante viagem à Itália, no último fim de semana, Dilma
comentou a inviabilidade de concessão de um reajuste como este. “Estamos
avaliando, porque é impossível o Brasil sustentar um reajuste daquelas
proporções. Tem certas… certos valores, certas quantidades de recursos que
algumas leis exigem, que são impraticáveis. O país não pode fazer face a isso.”
De acordo com o Ministério do Planejamento, o aumento para
117,5 mil servidores ativos e inativos do Judiciário custaria R$ 1,5 bilhão
este ano, R$ 5,3 bilhões, em 2016 e R$ 8,4 bilhões, em 2017, até atingir R$
10,5 bilhões anuais a partir de 2018.
A presidenta trata do reajuste do Judiciário enquanto
negocia com servidores do Poder Executivo. "Com o Executivo estamos em
negociação. Estamos trabalhando, seguindo um cronograma para apresentar ao
Congresso, até o final de agosto, o reajuste do Executivo”, disse Barbosa.
A proposta do governo é aumento de 21,3%, divididos em
quatro parcelas até 2019. Os trabalhadores pedem, para o ano que vem, reajuste
de 27,3% para repor perdas salariais desde 2010. Eles pedem ainda que o
reajuste seja negociado anualmente.