Alessandra Horto e Hélio Almeida
O Dia - 21/07/2015
O governo federal avançou na proposta apresentada em junho
para os servidores federais, mas não impediu a aprovação da greve nacional por
tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira, dia 27. A paralisação
será deflagrada pela confederação do funcionalismo (Condsef), que reúne 80% da
categoria.
Na reunião de ontem, o Ministério do Planejamento manteve o
índice de aumento de 21,3% em quatro anos. A Condsef e as demais entidades
sindicais defendem que o governo pode reduzir prazo para três anos. Entre os
avanços em relação à proposta anterior está a adoção de uma cláusula de revisão
para preservar o poder aquisitivo. “Se errarmos na previsão de inflação futura,
estamos dispostos a sentar novamente à mesa e renegociar o acordo”, esclareceu
o secretário de Relações de Trabalho, Sérgio Mendonça.
Também foi proposto reajuste de 22,5% para o auxílio-alimentação
e de 23% na contrapartida do governo para o plano de saúde. O auxílio-creche
seria corrigido em 317%. O valor deste benefício está congelado desde 1995.
Todos os novos valores seriam válidos a partir de janeiro de 2016.
O secretário-geral da Condsef, Sérgio Ronaldo, concordou que
houve avanços, mas destacou que a greve só seria suspensa se o governo cedesse
no prazo de pagamento do reajuste.