BSPF - 20/07/2015
Em negociação, também foi debatida cláusula revisora para
reajustes salariais em quatro anos
O governo federal apresentou, nesta segunda-feira (20), na
mesa de negociação com os representantes dos servidores públicos federais, duas
novidades adicionais à proposta de reajuste de 21,3% parcelados em quatro anos,
que havia sido apresentada no final de junho.
Em reunião com o Fórum Nacional das Entidades, o secretário
de Relações de Trabalho no Serviço Público do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão (MP), Sérgio Mendonça, propôs reajustar, com base na
inflação dos últimos anos, os três principais benefícios sociais dos servidores
públicos. Os valores entrariam em vigor a partir de janeiro de 2016.
Para o auxílio-alimentação e para o plano de saúde
suplementar, cujos últimos reajustes ocorreram em 2013, os índices aplicados
ficariam em torno de 22,5% e 23%, respectivamente, considerando a inflação de
2013 e 2014 e a estimativa para 2015.
Já para o auxílio pré-escolar, conhecido como
auxílio-creche, o reajuste levaria em consideração o período inflacionário
acumulado desde 1995, o que daria um índice de cerca de 317%. Somados, os três
reajustes significariam um impacto anual orçamentário de R$ 1,3 bilhão.
O secretário sugeriu também a adoção de uma cláusula de
revisão na proposta de reajuste plurianual (quatro anos), para preservar o
poder aquisitivo. “Se errarmos na previsão de inflação futura, estamos
dispostos a sentar novamente à mesa e renegociar o acordo”, esclareceu.
Para Mendonça, o conjunto apresentado é uma proposta
“razoável e coerente”. Segundo o secretário, é preciso levar em conta que a
negociação envolve uma categoria de trabalhadores que tem estabilidade no
emprego em um momento em que o país atravessa dificuldades econômicas e com
ganho acima da inflação, considerado o período entre 2003 e 2015.
Fonte: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão