Agência Brasil
- 13/07/2015
A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS), iniciada terça-feira (7), interrompeu parcialmente os serviços
do órgão. Na manhã de hoje (13), algumas agências da capital paulista estavam
completamente fechadas. Em outras era possível receber os atendimentos
agendados. Segundo o último balanço do Ministério da Previdência Social, 6% das
264 agências do estado de São Paulo estão totalmente paralisadas e em 13% o
funcionamento é parcial.
De acordo com dados do ministério, em todo país 240 agências
estão totalmente paralisadas (15% do total). Em 307, o funcionamento é parcial
(19,1%). O Mato Grosso e a Bahia são os estados com maior adesão à greve.
Nesses estados, 59% e 46%, respectivamente, dos locais de atendimento estão
fechados.
A Associação Nacional dos Servidores da Previdência Social
(Anasps) estima que 80% da categoria aderiu à paralisação. Amanhã (14), a
entidade deve divulgar um balanço do movimento. Os servidores reivindicam
reajuste de 27,3%. Até o momento o governo ofereceu 21,3%, divididos em quatro
parcelas anuais.
Na agência da Rua Coronel Xavier de Toledo, centro da
capital, o portão fechado e os cartazes deixavam clara a adesão dos
funcionários ao movimento. Eliane Cassiano, de 46 anos, levou uma hora e meia
do Bairro Piraporinha, zona sul, até a porta da agência.
“Tentei marcar perícia para meu filho. Pensei que não havia
greve aqui no centro.” Eliane está preocupada com a possibilidade do filho
Bruno, de 26 anos, que sofreu um acidente de moto trabalhando, não receber os
benefícios a que tem direito. “Será que vai ficar muito tempo assim [de
greve]?”, questionou.
No Glicério, região central, os atendimentos agendados
estavam mantidos. Alguns casos, como do aposentado Flávio Bianchini, estão
ficando para depois. “Quria cancelar uma aposentadoria. Isso é um atendimento
que se resolve na hora, mas não fui atendido”, explicou.
Auxiliar de limpeza, Guaraci Paula de Lima Gomes conseguiu
ser atendida, mas estava apreensiva sobre a continuidade do processo. “Terei de marcar nova perícia sobre perícias
ocupacionais. Como tá de greve, vamos ver como vai ficar. Se será rápido ou se
vai demorar.”
Quem não for atendido por causa da greve terá a data
remarcada. O reagendamento será feito pela própria agência. O segurado poderá
confirmar a nova data pelo número de atendimento 135, um dia após o agendamento
inicial. O instituto informou que considerará a data originalmente agendada
como o da entrada do requerimento, de modo a evitar prejuízo financeiro nos
benefícios do segurado.