Correio Braziliense
- 05/07/2015
Ministério e Escola Nacional de Administração Pública
oferecem salário de até R$ 5,5 mil. Há 556 oportunidades de nível superior
abertas
O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog) e a
Escola Nacional de Administração Pública (Enap), órgão vinculado ao ministério,
oferecem 556 vagas para pessoas com nível superior. As remunerações variam
entre R$ 3.625,42 e R$ 5.596,31. No ministério, as oportunidades são para
administrador, analista técnico-administrativo (para curso superior em qualquer
área de formação), arquivista, assistente social, contador, médico, arquiteto,
economista, engenheiro, analista em tecnologia da informação, geógrafo e
geólogo. Na Enap, há vagas para técnico de nível superior e técnico em assuntos
educacionais, ambos para graduados em qualquer área.
Para o Centro-Oeste, foram reservadas 473 vagas. O edital
não especifica as cidades de atuação, apenas as regiões para quais as vagas são
destinadas. A prova será composta por duas fases: a primeira é objetiva, com 50
questões de conhecimentos básicos e 70 de específicos; e a segunda, discursiva,
conta com uma redação, para cargos do ministério, e duas questões discursivas
para cargos da Escola Nacional de Administração Pública. As provas serão
aplicadas em 30 de agosto nas 26 capitais e no Distrito Federal. Os
conhecimentos básicos para todos os cargos são língua portuguesa, raciocínio
lógico, noções de administração pública, atualidades, noções de informática e,
somente para o cargo de analista de sistema, noções de língua inglesa. Todas as
questões têm o mesmo peso, e não há número definido de itens para cada matéria.
Em língua portuguesa, o que vale estudar é crase, pontuação
para análise sintática, diferença entre orações adjetivas explicativas e
restritivas, domínio das orações subordinadas adverbiais, tipologia textual,
concordância verbal e nominal e colocação pronominal (próclise, ênclise e
mesóclise), segundo o professor de português do Alub Concursos Ubiratão
Alencar. "Para aprender de verdade a língua portuguesa, é preciso fazer um
curso a longo prazo, de um ano mais ou menos. É crucial aliar a teoria à
prática e se dedicar a exercícios."
Professor de administração pública e ética do ConcursarDF,
Paulo Alexandre Rodrigues afirma que é preciso saber diferenciar as funções do
governo e da administração pública. "O primeiro é responsável por planejar
e coordenar; e a administração pública, pela execução. A prova pode fazer a
pegadinha de dizer que o governo é quem executa", explica. Outra
nomenclatura que o candidato deve saber diferenciar são os conceitos de ética e
moral. "Ética é um ramo da filosofia, é teoria, é universal. A moral está
relacionada à prática, fundamenta-se em hábitos, costumes, tradições."
Segundo Rodrigues, o candidato deve se atentar ao caráter interdisciplinar das
questões, além de prestar atenção a conceitos e à aplicação prática do
conteúdo.
"Não adianta ficar horas na frente do computador, tem
que fazer exercícios", ensina o professor de informática do Impacto
Henrique Sobré. Para ele, os candidatos necessitam de uma hora diária
realizando questões de provas para se sair bem na matéria. "O Cespe
(Centro de Seleção e de Promoção de Eventos) divide bem o conteúdo do edital
entre as questões, mas Windows e Linux sempre acabam caindo mais",
reforça. O docente ainda chama a atenção para as versões de software,
conhecimento que os candidatos precisam saber diferenciar.
Resolução de teste
Na hora da prova, tanto o professor Henrique Sobré quanto
Ubiratão Alencar aconselham que o candidato comece pelo conteúdo com que tem
maior afinidade. "Lembre-se de que você não tem obrigação de fazer a prova
na sequência em que ela aparece: comece pela parte em que você tem mais
facilidade e faça a redação por último, porque, ao longo do exame, aparecem
textos que podem ajudar", orienta Ubiratão, que recomenda estudar de seis
a oito horas diárias e se preparar com o maior tempo de antecedência possível. "Se
você faz muitas questões antes, na hora da prova, tem os modelos na
cabeça."
Em busca de segurança
Michelli Costa, 30 anos, trabalha em órgão público, mas
ainda não é concursada e está em busca de estabilidade. "Com a economia do
jeito que está e a alta taxa de desemprego, é bom procurar algo que dê mais
segurança." Estudando para concurso há três anos, ela aposta no cargo de
analista técnico-administrativo. "Sou formada em saúde coletiva, e era a
única posição que aceitaria meu diploma. No meu emprego, também realizo funções
administrativas, então não terei problemas com a área", acredita.
"Assisto a muitas videoaulas e me identifiquei com esse método de estudos
porque posso sempre voltar e rever o conteúdo. Como sou distraída, isso ajuda.
Também faço exercícios dos conteúdos do edital e da banca."
No total, ela dedica três horas diárias ao estudo e separa
uma hora para poder ir à academia e relaxar. "Estou confiante em relação
ao concurso, com pensamento positivo sempre." Entre os conteúdos
específicos para o cargo desejado, que são noções de direito constitucional,
noções de direito administrativo, noções de administração, noções de gestão de
pessoas, noções de administração de recursos materiais e noções de
administração financeira e orçamentária, o último é o que mais preocupa
Michelli, por falta de afinidade com o tema.
O que diz o edital
Concurso público do Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão e da Escola Nacional de Administração Pública
Inscrições: prorrogadas até 15 de julho, pelo site
www.cespe.unb.brTaxas: R$ 90 ou R$ 100, de acordo com o cargoVagas: 556, sendo
533 para o ministério e 23 para a escolaSalário: R$ 3.625,42 a R$ 5.596,31, de
acordo com o cargoProvas: 30 de agosto, todas as fases