Jornal de Brasília
- 21/07/2015
Hoje é o último dia do prazo para que a presidente Dilma
Rousseff sancione o Projeto de Lei da Câmara 28/2015 e conceda os reajustes
para os servidores do Poder Judiciário. Para pressionar o Palácio do Planalto,
a categoria, em greve há quase 40 dias, tem feito uma série de atos na capital
federal. Ontem, cerca de três mil servidores fizeram uma passeata no Eixo
Monumental, que terminou com um ato em frente à sede do Poder Executivo. Para
hoje, está previsto um ato nacional, com o reforço de caravanas de outros
estados. A concentração será às 15h em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF)
para o ato que ocorrerá em frente ao Palácio do Planalto. Os servidores do
Judiciário pretendem fazer ainda uma vigília, em prol da sanção.
Nove anos
Os motivos da indignação têm raiz nos nove anos sem
recomposição salarial. O projeto que os servidores esperam que seja sancionado
faz uma correção de 2006 até este ano. Mesmo se virar lei, quando a última
parcela cair na conta dos servidores, em 2017, a categoria já terá novas
perdas. “As perdas inflacionárias giram em torno de 65%”, frisa o
coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário e do
Ministério Público da União no DF (Sindjus-DF), José Rodrigues Costa.
Situação crítica
A defasagem salarial é crítica. E, segundo o sindicato, o
nível de endividamento dos servidores é alto. “A categoria, de um modo geral,
está adoecendo”, diz Costa. Somente em 2014, o sindicato contabiliza nove
suicídios nos locais de trabalho.
Piquetes
Além do grande ato e da vigília, para hoje, às 11h, também
estão previstos piquetes nos locais de trabalho.