Agência Brasil
- 12/08/2015
Servidores de hospitais federais e trabalhadores da área de
vigilância em saúde - ex-Fundação nacional de Saúde, a Funasa - fizeram hoje
(12) ato em frente ao Núcleo Estadual do Ministério da Saúde, no centro do Rio.
O objetivo foi reivindicar melhores condições de trabalho e melhorar o
atendimento à população.
Os trabalhadores pedem um reajuste de 27% em 2016, a equiparação
da tabela salarial do Instituto Nacional do Seguro Social, a incorporação da
Gratificação de Desempenho da Previdência da Saúde e do Trabalho, a garantia da
jornada de 30 horas para todos os servidores do Ministério da Saúde, concurso
público para reposição do quadro, melhoria das condições de trabalho e inclusão
dos médicos na carreira, além do fim das privatizações.
A diretora estadual do Sindsprev-RJ, Christiane Gerardo,
conta que, em reunião ontem (11), o Ministério do Planejamento manteve a proposta
de reajuste de 21%, a serem pagos de forma escalonada, nos próximos quatro
anos, o que a categoria rejeita. “Eles [o governo federal] insistem com a mesma
proposta que a categoria já recusou nos seus fóruns. Esperamos que, com a
atividade de hoje, consigamos pressionar o governo para que reavalie essa
postura, apresentando uma proposta mais digna”.
Segundo Christiane, a greve não é a causa da suspensão de
alguns serviços que atingiu, pelo menos, seis hospitais federais no Rio, mas
sim das péssimas condições do atendimento e de material.
Em nota, o Ministério da Saúde afirma que está mantendo
diálogo com os sindicatos representantes dos servidores no estado e que as
negociações com o Ministério do Planejamento estão sendo feitas.
“Com relação às questões que envolvem impactos
orçamentários, as negociações estão sendo mantidas com o Ministério do
Planejamento que, por meio da Mesa Nacional de Negociação Permanente, está se
reunindo sistematicamente com as entidades que representam os servidores públicos
federais”.