Agência Brasil
- 27/08/2015
Cerca de 300 trabalhadores públicos em greve, segundo a
categoria, ocuparam e bloquearam as entradas do prédio do Ministério do
Planejamento, em Brasília, para exigir uma nova proposta de reajuste salarial.
Uma das entidades envolvidas no ato, a Fasubra, que reúne
sindicatos de técnico-administrativos em instituições públicas de ensino
superior, disse que os trabalhadores deixaram o local por volta do meio-dia,
quando foram recebidos pelo secretário de Relações de Trabalho no Serviço
Público, Sérgio Mendonça.
Quem explica é o coordenador geral da Fasubra, Rogério
Marzola.
“O governo acabou nos recebendo hoje (27),
comunicando que não trabalha mais com o 31 de agosto como prazo limite para o
fechamento da negociação, assim como a perspectiva de horizonte até o dia 11 de
setembro, e que, mesmo colocando a previsão no momento na Lei Orçamentária do
reajuste de apenas 5,5%, segue tendo espaço para poder revisar essa proposta”.
Os técnico-administrativos das instituições públicas de
ensino superior estão em greve há quase 100 dias. Para Rogério Marzola, a
reunião indica uma abertura nas negociações com o governo, mas ainda não há
garantias para os trabalhadores, por isso, ele conta que as mobilizações
continuam.
“Como não há ainda nenhum acordo, a nossa orientação
é de intensificar o movimento grevista, ampliar nas unidades onde pode ser
ampliado ainda e, assim, desenvolver mais ações de rua para que de fato o dia
11 de setembro seja uma referência de fechar um acordo de greve”.
Segundo a Fasubra, uma nova reunião com o governo está
agendada para a próxima segunda-feira (31).
Em nota, o Ministério do Planejamento informou que está em
negociação com os servidores públicos federais, com possibilidade de voltar a
abrir um diálogo em 2017. Mas a categoria havia rejeitado a contraproposta
apresentada pelo governo porque, segundo os trabalhadores, o índice não repõe
as perdas inflacionárias desde 2012 e não cobre a inflação para os próximos
anos.
O ministério informou também que as propostas apresentadas
valem para todas as categorias de servidores do Executivo.