Alessandra Horto
O Dia - 08/05/2016
Lideranças sindicais da Confederação dos Trabalhadores no
Serviço Público Federal (Condsef) prometem ofensiva nesta semana na Câmara dos
Deputados para garantir a aprovação dos projetos de lei que vão assegurar o
pagamento do reajuste salarial em agosto. A corrida é contra o tempo, já que a
partir de quarta-feira um eventual governo Michel Temer (PMDB) pode pôr em
risco a execução do pagamento das correções salariais.
O secretário geral da Condsef, Sérgio Ronaldo, afirmou à
coluna que não há hipótese dos servidores federais sofrerem qualquer tipo de mudança
no que já está assinado e acordado por conta da mudança na Presidência: “O
acordo foi assinado com a instituição do Estado e não com a presidente Dilma
Rousseff. Se houver quebra deste contrato a resposta será muito simples: vamos
fazer uma greve geral. Já mostramos que somos capazes de parar a máquina”. A
Condsef tem em sua base 800 mil servidores públicos federais.
Os aumentos já estão previstos no Orçamento de 2016. Ao todo
são seis projetos de lei que tramitam na Câmara. O impacto total até 2019 será
de R$ 32,2 bilhões. Neste ano, o custo do reajuste salarial será de R$ 5,3
bilhões. Em agosto o índice de correção será de 5,5%. Os números são do pessoal
do Poder Executivo. O reajuste do Judiciário também depende de aprovação no
Congresso.
ESTADO MÍNIMO
Sérgio Ronaldo lembrou da época em que o país era governado
pelo PSDB e declarou que o funcionalismo não pode ficar sem reajuste com a
“desculpa da grave crise”: “Não vamos levar essa culpa. Os servidores precisam
de valorização. Na Era FHC passamos anos sem reajustes, vivendo uma política de
Estado mínimo. Não queremos reviver isso”.
SEM VALOR
O sindicalista apontou que qualquer decisão de Michel Temer
(PMDB) que venha prejudicar o funcionalismo será “ilegítima”: “Não vamos
respeitar atitudes que subtraiam direitos adquiridos nem mesmo que tire o
reajuste acordado. Ele optou pelo caminho curto, sem voto popular, pelo golpe
e, por isso, não haverá qualquer valor da nossa parte”.
PELA IGUALDADE
Um dos argumentos que serão utilizados para convencer os
parlamentares será de que a Câmara já aprovou regime de urgência para
apreciação dos projetos de lei que reajustam salários e...
Leia a integra em Ofensiva para garantir reajuste salarial