Agência Brasil
- 01/01/2017
A reforma da Previdência anunciada pelo governo propõe
mudanças nas regras de aposentadoria para muita gente. Se passar, com a
alteração da idade e do tempo de contribuição, vai manter muito trabalhador
ativo no mercado de trabalho por mais tempo. A boa notícia é que ela não deve
atingir quem está prestes a se aposentar.
É o caso do Luis Vieira da Silva, de 70 anos. Ele deu
entrada no processo de aposentadoria após contribuir por 23 anos e, por isso,
vai se aposentar por idade. Caso contrário, ainda teria que contribuir por pelo
menos 25 anos a mais. “Agora que estou com 70 anos, passou cinco anos. Em
janeiro vai mudar tudo agora e também é a hora”, disse.
Outra boa notícia é para quem já atingiu o tempo para se
aposentar, mas optou por continuar trabalhando, como explica o secretário de
Políticas da Previdência, Benedito Brunca.
“O direito adquirido também está resguardado não importa se
ela vai exercer imediatamente esse direito. Ou se ela vai aguardar dois, seis
meses ou até após a provação da PEC, mesmo que seja ela aprovado nos exatos
termos que foi proposta, o direito está garantido se esta regra atual for mais
vantajosa para esta pessoa”, afirmou o secretário.
A proposta não altera a aposentadoria de policiais,
bombeiros, nem militares. Em compensação, proíbe o acúmulo de pensões e retira
a aposentadoria especial de trabalhadores do campo, que seguirão as mesmas
regras dos demais.
E para receber o teto do INSS, que hoje é de quase R$ 5,2
mil, o brasileiro terá que contribuir por, no mínimo, 49 anos. É possível parar
antes, a partir dos 25 anos de contribuição. Mas, para isso, é preciso ter pelo
menos 65 anos de idade. Neste caso, o valor da aposentadoria será menor.