Terra Brasil
- 12/04/2017
Com sucessivos rombos bilionários nas contas públicas, o
presidente Michel Temer tenta aprovar uma reforma que fará com que a maioria dos
brasileiros trabalhe mais e se aposente mais tarde.
Essa proposta é justa? O governo diz que sim, pois as
mudanças sugeridas vão reduzir privilégios dos trabalhadores de maior renda,
tornando a Previdência Social menos desigual.
Críticos da reforma, porém, consideram que o impacto sobre
os segmentos com mais recursos ainda é limitado e apontam alterações que, por
outro lado, vão restringir o acesso dos mais pobres à aposentadoria.
"Não tem nenhum esforço na reforma para tentar aumentar
ou garantir a proteção (já existente) aos mais pobres. Só tem proposta de
restrição. Temos que lembrar que a Previdência é no fundo uma política
social", afirma Marcelo Medeiros, pesquisador do Ipea e professor
visitante da Universidade Yale, nos Estados Unidos.
Já o consultor legislativo Leonardo Rolim, que foi
secretário da Previdência na gestão de Dilma Rousseff, elogia a proposta do
atual governo.
"É uma reforma necessária, que foca nos privilégios e
melhora ainda mais a redistributividade (de renda) da previdência", diz.
Entenda melhor qual pode ser o impacto da reforma para
diferentes grupos sociais, considerando as principais mudanças em discussão.
Alguns pontos propostos pelo governo ainda estão em negociação no Congresso.
Submeter servidores ao teto dos trabalhadores privados
A Previdência do setor público paga em média benefícios
muito maiores que a do setor privado (INSS), para uma quantidade bem menor
de...