Congresso em Foco
- 17/08/2017
Em resposta ao pacote do governo para tentar reduzir o rombo
das contas públicas, anunciado nessa terça-feira (15), centrais sindicais e
associações de servidores públicos prometem uma mobilização geral para os
próximos dias. As medidas irritaram servidores públicos atingidos com a proposta
e está mobilizando diversas categorias contra os cortes de benefícios,
congelamentos de reajustes e reduções de salários iniciais, entre outras
providências de arrocho. A greve geral ainda não tem data, mas as centrais
garantem que paralisarão serviços essenciais com o intuito de pressionar o
governo a voltar atrás e engavetar o pacote anunciado contra o funcionalismo.
Para os movimentos, que estão se articulando desde que a
proposta começou a ser concebida, o governo promove retrocessos e,
consequentemente, prejudica serviços públicos já precários.
O presidente da Confederação dos Servidores Públicos do
Brasil (CSPB), João Domingos, classificou as medidas do governo Michel Temer
como um “desafio” aos movimentos sindicais e aos servidores públicos. Domingos
disse ao Congresso em Foco que as categorias já estão se organizando para
confrontar as últimas investidas do Executivo contra os trabalhadores. O
sindicalista lembra que a ofensiva tem entre seus principais marcos a reforma
trabalhista, já aprovada e sancionada pelo presidente.
De acordo com o dirigente, as mudanças propostas pelo
governo têm pegado os movimentos sindicais e os trabalhadores desprevenidos e
perplexos. Para reagir à pauta governista, João Domingos ressaltou que as
centrais sindicais buscam unificar uma greve geral como forma de pressionar o
Palácio do Planalto. “O governo está desafiando o movimento sindical. A única
forma de pressionar é unificar por meio de greve geral unitária bem articulada.
O movimento social que não construiu e não construir um acordo pelo amor, vai construir pela dor. Não é o melhor caminho cada entidade marcar sua greve, temos que ter unidade”, ponderou Domingos, dizendo-se confiante em que nos próximos dez dias já exista uma data para o movimento grevista, que terá como objetivo principal abarcar todas as categorias.
O movimento social que não construiu e não construir um acordo pelo amor, vai construir pela dor. Não é o melhor caminho cada entidade marcar sua greve, temos que ter unidade”, ponderou Domingos, dizendo-se confiante em que nos próximos dez dias já exista uma data para o movimento grevista, que terá como objetivo principal abarcar todas as categorias.
“Temos que frear essa volúpia do governo de, a qualquer
soluço, querer avançar sobre os direitos dos trabalhadores em geral e, neste
momento, também nos trabalhadores públicos”, ressaltou. A inércia sobre as
manifestações, que adormeceram desde que a presidente Dilma Rousseff (PT)
deixou o poder, de acordo com ele, deve-se à falta de esclarecimento à
população sobre as consequências da ação governista.
“A população não percebeu que isso vai atingir
principalmente os que mais precisam. O cenário é de caos total do serviço
público. O cidadão que é quem vai pagar essa conta. Nós temos um cenário que
congelou o investimento na administração pública federal por 20 anos. Saúde,
educação, segurança. Só não estão congelados os gastos financeiros com pagamentos
de juros”, ponderou.
Ao anunciar a revisão da meta fiscal para 2017 e 2018, o
governo apresentou um pacote contra os servidores públicos do Executivo com
adiamento, em um ano, dos reajustes salariais já...
Leia a íntegra em Centrais denunciam caos no serviço público e preparam greve geral contra pacote de Temer