Agência Senado
- 25/03/2013
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) voltou a defender,
nesta segunda-feira (25), a criação da carreira nacional do magistério, com
direitos e deveres comuns a todos os professores do país. O senador afirmou que
todo brasileiro tem direito a um ensino de qualidade e que a carreira nacional
de professor ajudaria na solução de problemas como o não cumprimento do piso
salarial dos professores por parte de alguns estados e municípios.
- É nisto que venho insistindo: na ideia de uma carreira
nacional de professor, uma carreira de Estado, em que o professor seja como o
funcionário do Banco do Brasil, da Caixa Econômica, do Ministério Público, da
Justiça, do Senado, da Câmara, de qualquer dos órgãos do Estado brasileiro –
disse.
O senador recordou que a lei que instituiu o piso salarial
para professores teve origem em um projeto de sua autoria e demandou muita
luta. Ele lamentou que estados ricos como Minas Gerais e Rio Grande do Sul não
estejam pagando o piso aos seus professores.
- Por que o professor de uma criança que nasce em um estado
ganha o piso e o professor de um menino que nasce em outro Estado não ganha o
piso? Não são brasileiros os dois? Por que o Brasil nega a alguns brasileiros a
educação e oferece, ainda que ruim, a outros? – indagou.
Cristovam explicou que a "federalização" da
educação ajudaria as prefeituras que não possuem recursos suficientes para
pagar o piso, já que o ônus seria assumido pela União.
- O federalismo tem que ter um ponto que ninguém possa
contestar: escola igual para todos. Existe um federalismo bom e um ruim. O
federalismo ruim é o que diz: Cada Estado que se vire. O federalismo bom é o
que diz: A escola vai ser igual para todos – afirmou.
Em aparte, os senadores José Agripino (DEM-RN) e Ana Amélia
(PP-RS) elogiaram Cristovam pelo pronunciamento e afirmaram que uma boa
educação é fundamental para a competitividade do país. Para os senadores, o
Brasil será ultrapassado, em termos de competitividade no plano internacional,
se não revolucionar a área da educação.
- O que V. Exª quer, na verdade, é uma coisa que é a
obrigação de quem faz política no Brasil perseguir, que é fazer do Brasil um
país competitivo – disse Agripino.
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