BSPF - 24/09/2015
As manifestações de servidores públicos contra o ajuste
fiscal ocorreram em todas as capitais, disse hoje (23) o diretor de
Administração da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal
(Condsef), Josemilton Costa. Com atos e paralisações, os servidores promoveram
um Dia Nacional de Mobilização contra o congelamento de salários e o corte de
benefícios dos servidores públicos.
No início da manhã, os servidores juntaram-se aos
trabalhadores sem-teto e integrantes de movimentos sociais que ocuparam a
portaria principal do Ministério da Fazenda. Em seguida, caminharam até o
Ministério do Planejamento, onde também fizeram uma mobilização no
estacionamento do prédio.
À tarde, os representantes das centrais sindicais foram ao
Congresso, onde entregaram um documento a líderes partidários pedindo que os
parlamentares votem contra as propostas que prejudicam o servidor público.
Eles, no entanto, não conseguiram se reunir com o presidente do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
“Conversamos com vários líderes. Entregamos a cada um deles
um documento contra um ajuste fiscal que pune o servidor e aponta o trabalhador
como bode expiatório de tudo o que deu errado nos últimos anos”, informou
Josemilton Costa.
Os principais pontos criticados pela categoria são o
congelamento de salários dos servidores do Executivo até agosto do próximo ano,
a suspensão de novos concursos públicos e a proposta de emenda à Constituição enviada
ontem (22) retirando o abono de permanência – benefício equivalente a 11% do
salário do servidor que opta por permanecer em atividade mesmo tendo
conquistado o direito à aposentadoria.
“Tivemos um dia nacional de luta produtivo, que mobilizou
todas as capitais e correspondeu às nossas expectativas. O recado foi dado. Na
próxima semana, vamos fazer uma avaliação e convocar outras mobilizações, se
for necessário”, acrescentou o diretor da Condsef.
Com informações da Agência Brasil