BSPF - 22/07/2021
A deputada Alice Portugal considera que servirá para
favorecer a terceirização do serviço público, beneficiando políticos donos de
empresas terceirizadas, nepotismo cruzado, apadrinhamento político e esquemas
de corrupção
A luta contra a reforma administrativa segue em alta mesmo no recesso parlamentar. Sob a hashtag #CancelaDeforma, parlamentares, entidades e lideranças de movimentos sociais estão mobilizados, também nas redes, para barrar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32 apresentada pelo governo Bolsonaro. A matéria reúne uma série de mudanças que, em seu conjunto, configura o desmonte do serviço público, a fragilização do papel do servidor e abre caminho para a corrupção.
A vice-líder do PCdoB, deputada federal Alice Portugal (BA), juntamente com a bancada comunista, está engajada nesta luta, denunciando, pelas redes sociais, os prejuízos que a PEC causará ao país e desmontando argumentos que atacam o funcionalismo.
“A reforma administrativa não vai resultar em economia;
servirá para favorecer a terceirização do serviço público, beneficiando
políticos donos de empresas terceirizadas, nepotismo cruzado, apadrinhamento
político e esquemas de corrupção”, explica Alice.
A parlamentar colocou ainda que a proposta “é tão perversa quanto foi a reforma da previdência e a reforma trabalhista, todas elas são ataques diretos à classe trabalhadora. Devemos lutar agora contra a PEC 32 para que não seja aprovada”.
Ela apontou ainda que a reforma “tira estabilidade do servidor e abre caminho para apadrinhamento político em cargos públicos, o que pode facilitar a corrupção e ainda deixa a população sem um bom atendimento”. E acrescentou que “precisamos de pessoas capacitadas trabalhando nos hospitais, nas escolas e na segurança pública. A reforma administrativa irá colocar apadrinhados, sem capacitação, para atender a população”.
Neste sentido, denunciou Alice, “o servidor público
concursado e com estabilidade no cargo é a pedra no sapato do corrupto. Não é à
toa a PEC 32 de Bolsonaro e Guedes propõe acabar com a estabilidade e com
concurso público”.
A vice-líder ressaltou que “a estabilidade é inegociável!
Trata-se de uma proteção para o Estado e consequentemente para o povo. O
período de experiência só existe também para beneficiar e facilitar investidas
criminosas de políticos corruptos”.
Fonte: Portal Vermelho com informações do Portal PCdoB