Jornal de Brasília
- 04/08/2014
Servidores administrativos da Polícia Federal decidiram
cruzar os braços na próxima quinta-feira. Reunida em assembleia, a categoria
decidiu subir o tom contra o Governo Federal. As principais reivindicações são a retomada das negociações
sobre a reestruturação da carreira e a recomposição da força de trabalho da categoria,
mediante a nomeação imediata dos candidatos aprovados em concurso público
realizado em fevereiro.
Serviços afetados
Com a paralisação, serviços como emissão de passaportes,
controle migratório, fiscalização de atividades de segurança privada, entrada
de produtos químicos importados no País e o suporte à atividade policial serão
diretamente afetados.
Falta de pessoal
De acordo com dados do Boletim Estatístico de Pessoal do
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, a categoria administrativa corresponde
a apenas 17,86% do efetivo da Polícia Federal — menor percentual dos últimos 30
anos. A carência de pessoal é tão grande que, segundo o Sindicato Nacional dos
Servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal (SinpecPF), em alguns
setores, servidores relatam dificuldades para marcar férias porque o
afastamento do local de trabalho inviabilizaria a prestação do serviço.
Concurso insuficiente
Para suprir a necessidade de servidores administrativos, a
PF fez concurso em fevereiro deste ano, no qual foram oferecidas 566 vagas.
“Muito pouco perto da necessidade real”, afirma o presidente do sindicato que
representa a categoria, João Luis Rodrigues Nunes. Como o certame foi
homologado em junho, a nomeação dos aprovados pode ocorrer durante o período
eleitoral sem nenhum problema, segundo o SinpecPF.